Geovana Andressa Mendes de Sousa, Ana Karla Medeiros Frutuoso, Laryssa Rosa Sousa, Romila Martins de Moura Stabnow Santos, Victória Samaria da Silva Santos, Floriacy Stabnow Santos
{"title":"A LUDOTERAPIA COMO FERRAMENTA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE DIRECIONADA PARA A PREVENÇÃO DO TRABALHO INFANTIL: RELATO DE EXPERIÊNCIA","authors":"Geovana Andressa Mendes de Sousa, Ana Karla Medeiros Frutuoso, Laryssa Rosa Sousa, Romila Martins de Moura Stabnow Santos, Victória Samaria da Silva Santos, Floriacy Stabnow Santos","doi":"10.55664/simaggens2022.024","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, é proibida qualquer forma de trabalho até os 13 anos de idade, sendo dever do Estado e da sociedade a proteção da infância (BRASIL, 1990a). No entanto, segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, no Brasil em 2019, havia uma população de 38,3 milhões de indivíduos com idade entre 5 e 17 anos, sendo que 1,8 milhão destas estavam em situação de trabalho infantil (IBGE, 2019). Apesar da redução de 16,8% observada, com relação a 2016, esses dados ainda permanecem elevados, percebendo-se um longo caminho até a erradicação e cumprimento dos direitos das crianças e adolescentes, o que proporcionaria assim um crescimento e desenvolvimento saudável. Diante de tal realidade, o Sistema Único de Saúde, deve contribuir com o combate à exploração do trabalho infantil, oferecendo atenção integral à saúde de crianças e adolescentes. Neste contexto, a educação em saúde tem se apresentado como um instrumento de fortalecimento para construção do conhecimento em saúde, através de práticas e saberes, que promovem a mudança social dos sujeitos e comunidade (AGUIAR, 2020). Objetivos: Relatar a experiência vivenciada por discentes da graduação em enfermagem ao realizar ações de educação em saúde mediados pela ludoterapia, direcionadas para a prevenção do trabalho infantil. Descrição da Experiência: Trata-se de uma ação de educação em saúde realizada em alusão ao dia 12 de junho, Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, ocorrida em 13 de junho de 2022, em local público, com crianças estudantes da Escola Municipal Frei Manuel Procópio, em Imperatriz. Aconteceram apresentações relacionadas ao tema \"Para que o nosso futuro não chore, precisamos ser melhores\", com a participação dos graduandos do curso de enfermagem, vinculados ao projeto de extensão Enfermeiros do Riso, da Universidade Federal do Maranhão. Os extensionistas propuseram reflexão acerca da temática citada ao expor e exemplificar os prejuízos provocados pelo trabalho infantil na sociedade. As atividades desenvolvidas foram mediadas pela ludoterapia e compreenderam a contação e interpretação de histórias, como a representação da rotina de Benedito, uma criança que tinha de trabalhar no lixão para auxiliar no sustento da família. Associada à narração, também houve cantigas de roda e cirandas enfatizando o significado do brincar na infância. Resultados: A invisibilidade do trabalho infantil converge no déficit da identificação de agravos à saúde de crianças e adolescentes trabalhadores. Mostrou-se relevante a abordagem lúdica em ambiente social e para comunidade, pois permitiu um pensamento crítico-reflexivo, pelo qual se apresentou algumas faces do problema, suas consequências para a saúde infantil que levam a danos, como a evasão escolar, acidentes de trabalho, e mudanças comportamentais. Ademais, a participação dos graduandos do curso de Enfermagem permitiu compreender o papel de atores sociais que acompanham a sua profissão. Conclusão: A experiência foi construtiva e viável, e percebeu-se significativa compreensão dos presentes, adultos e crianças, quanto à urgência da temática. Embora ainda haja muito a ser desempenhado, a ação educativa impulsiona os autores e ouvintes a permanecer no enfrentamento destes desafios, visando a atenuá-los e, por fim, saná-los.","PeriodicalId":423616,"journal":{"name":"Do Micro ao Macro: Atuação dos profissionais de saúde à luz da genética e da genômica","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-09-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Do Micro ao Macro: Atuação dos profissionais de saúde à luz da genética e da genômica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.55664/simaggens2022.024","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, é proibida qualquer forma de trabalho até os 13 anos de idade, sendo dever do Estado e da sociedade a proteção da infância (BRASIL, 1990a). No entanto, segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, no Brasil em 2019, havia uma população de 38,3 milhões de indivíduos com idade entre 5 e 17 anos, sendo que 1,8 milhão destas estavam em situação de trabalho infantil (IBGE, 2019). Apesar da redução de 16,8% observada, com relação a 2016, esses dados ainda permanecem elevados, percebendo-se um longo caminho até a erradicação e cumprimento dos direitos das crianças e adolescentes, o que proporcionaria assim um crescimento e desenvolvimento saudável. Diante de tal realidade, o Sistema Único de Saúde, deve contribuir com o combate à exploração do trabalho infantil, oferecendo atenção integral à saúde de crianças e adolescentes. Neste contexto, a educação em saúde tem se apresentado como um instrumento de fortalecimento para construção do conhecimento em saúde, através de práticas e saberes, que promovem a mudança social dos sujeitos e comunidade (AGUIAR, 2020). Objetivos: Relatar a experiência vivenciada por discentes da graduação em enfermagem ao realizar ações de educação em saúde mediados pela ludoterapia, direcionadas para a prevenção do trabalho infantil. Descrição da Experiência: Trata-se de uma ação de educação em saúde realizada em alusão ao dia 12 de junho, Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, ocorrida em 13 de junho de 2022, em local público, com crianças estudantes da Escola Municipal Frei Manuel Procópio, em Imperatriz. Aconteceram apresentações relacionadas ao tema "Para que o nosso futuro não chore, precisamos ser melhores", com a participação dos graduandos do curso de enfermagem, vinculados ao projeto de extensão Enfermeiros do Riso, da Universidade Federal do Maranhão. Os extensionistas propuseram reflexão acerca da temática citada ao expor e exemplificar os prejuízos provocados pelo trabalho infantil na sociedade. As atividades desenvolvidas foram mediadas pela ludoterapia e compreenderam a contação e interpretação de histórias, como a representação da rotina de Benedito, uma criança que tinha de trabalhar no lixão para auxiliar no sustento da família. Associada à narração, também houve cantigas de roda e cirandas enfatizando o significado do brincar na infância. Resultados: A invisibilidade do trabalho infantil converge no déficit da identificação de agravos à saúde de crianças e adolescentes trabalhadores. Mostrou-se relevante a abordagem lúdica em ambiente social e para comunidade, pois permitiu um pensamento crítico-reflexivo, pelo qual se apresentou algumas faces do problema, suas consequências para a saúde infantil que levam a danos, como a evasão escolar, acidentes de trabalho, e mudanças comportamentais. Ademais, a participação dos graduandos do curso de Enfermagem permitiu compreender o papel de atores sociais que acompanham a sua profissão. Conclusão: A experiência foi construtiva e viável, e percebeu-se significativa compreensão dos presentes, adultos e crianças, quanto à urgência da temática. Embora ainda haja muito a ser desempenhado, a ação educativa impulsiona os autores e ouvintes a permanecer no enfrentamento destes desafios, visando a atenuá-los e, por fim, saná-los.
导言:根据儿童和青少年法令,13岁以下禁止任何形式的工作,国家和社会有义务保护儿童(巴西,1990a)。然而,根据全国连续家庭抽样调查,2019年巴西有3830万5至17岁的人口,其中180万人从事童工工作(IBGE, 2019)。尽管与2016年相比下降了16.8%,但这一数字仍然很高,表明要根除和实现儿童和青少年的权利,从而提供健康的成长和发展,还有很长的路要走。鉴于这一现实,统一卫生系统应通过全面关注儿童和青少年的健康,为打击剥削童工作出贡献。在这方面,健康教育已成为通过实践和知识建设健康知识的加强工具,促进个人和社区的社会变革(AGUIAR, 2020年)。目的:报告护理专业本科生在开展以游戏疗法为媒介的健康教育活动时的经验,以预防童工为目标。经验描述:这是一项针对2022年6月13日世界禁止童工日6月12日在公共场所举行的健康教育行动,参与者是Imperatriz市Frei Manuel procopio市立学校的儿童学生。在maranhao联邦大学护理课程的本科生的参与下,以“为了让我们的未来不哭,我们需要变得更好”为主题进行了演讲。推广者提出了对上述主题的反思,以揭露和举例说明童工对社会造成的损害。这些活动是由游戏疗法介导的,包括讲故事和解释故事,比如Benedito的日常生活,一个不得不在垃圾场工作以帮助养家糊口的孩子。与叙述相关的还有轮歌和cirandas,强调童年玩耍的意义。结果:童工的不可见性集中在对儿童和青少年工人健康问题的识别不足上。事实证明,在社会环境和社区中,好玩的方法是相关的,因为它允许批判性和反思性思维,通过它提出了问题的一些方面,它对儿童健康的后果导致损害,如逃学、工作事故和行为变化。此外,护理专业本科生的参与让我们了解了伴随他们职业的社会行动者的作用。结论:经验是建设性的和可行的,并注意到在场的成年人和儿童对主题的紧迫性有重要的理解。虽然仍有许多工作要做,但教育行动促使作者和听众继续面对这些挑战,旨在减轻并最终治愈它们。