Luana De Conto, Luciana Sanchez-Mendes, Pietra Cassol Rigatti
{"title":"Quando o falante faz Linguística","authors":"Luana De Conto, Luciana Sanchez-Mendes, Pietra Cassol Rigatti","doi":"10.25189/2675-4916.2022.v3.n2.id653","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Tratamos neste ensaio teórico do saber linguístico do falante para além de sua competência linguística, focando especificamente em situações em que os falantes refletem sobre seus usos linguísticos. Baseando-se na nomenclatura empregada por Franchi (2006) e Geraldi (2013), defendemos que é possível encontrar na internet situações em que o falante emprega uma reflexão sobre sua língua de maneira particular, exercendo atividades epilinguísticas, e também situações em que o falante traça uma reflexão mais generalizada sobre questões linguísticas, através de atividades metalinguísticas, mesmo não empregando termos técnicos da área. Essas situações circulam sob diversos gêneros e inclusive alcançam repercussão através de virais, como memes, tuítes e tirinhas, e ilustramos neste trabalho casos assim através de comentários coletados no Twitter. Defendemos que essa sabedoria gramatical deve ser valorizada, tanto em sala de aula quanto no espaço acadêmico. Ilustramos a pertinência desse tipo de texto em práticas de divulgação científica, através de post produzido por uma das autoras. Discutimos também a possibilidade de incluir esses textos em aulas de língua portuguesa, especialmente considerando a etapa de descoberta proposta na metodologia de Lobato (2015). Da mesma forma, afirmamos que a manipulação de propriedades linguísticas por pessoas não especialistas pode ser acolhida em propostas de ciência cidadã, abrindo portas para um fazer científico mais participativo.","PeriodicalId":137098,"journal":{"name":"Cadernos de Linguística","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-09-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos de Linguística","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.25189/2675-4916.2022.v3.n2.id653","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 1
Abstract
Tratamos neste ensaio teórico do saber linguístico do falante para além de sua competência linguística, focando especificamente em situações em que os falantes refletem sobre seus usos linguísticos. Baseando-se na nomenclatura empregada por Franchi (2006) e Geraldi (2013), defendemos que é possível encontrar na internet situações em que o falante emprega uma reflexão sobre sua língua de maneira particular, exercendo atividades epilinguísticas, e também situações em que o falante traça uma reflexão mais generalizada sobre questões linguísticas, através de atividades metalinguísticas, mesmo não empregando termos técnicos da área. Essas situações circulam sob diversos gêneros e inclusive alcançam repercussão através de virais, como memes, tuítes e tirinhas, e ilustramos neste trabalho casos assim através de comentários coletados no Twitter. Defendemos que essa sabedoria gramatical deve ser valorizada, tanto em sala de aula quanto no espaço acadêmico. Ilustramos a pertinência desse tipo de texto em práticas de divulgação científica, através de post produzido por uma das autoras. Discutimos também a possibilidade de incluir esses textos em aulas de língua portuguesa, especialmente considerando a etapa de descoberta proposta na metodologia de Lobato (2015). Da mesma forma, afirmamos que a manipulação de propriedades linguísticas por pessoas não especialistas pode ser acolhida em propostas de ciência cidadã, abrindo portas para um fazer científico mais participativo.