Arthur Sodré de Mendonça, Kayan Soares Rocha, Thiago Vinícius Lemos Gonçalves, Crislaini de Sousa Marques, Cyntya Kethurin Ribeiro
{"title":"TAXA DE MORTALIDADE DA DENGUE NA POPULAÇÃO BRASILEIRA: UM ESTUDO DE SÉRIE TEMPORAL, 2014-2020","authors":"Arthur Sodré de Mendonça, Kayan Soares Rocha, Thiago Vinícius Lemos Gonçalves, Crislaini de Sousa Marques, Cyntya Kethurin Ribeiro","doi":"10.51161/epidemion/7624","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A dengue corresponde a uma arbovirose da família Flaviviridae, que compreende 4 sorotipos distintos, com um amplo espectro sintomático, variando de infecções assintomáticas e autolimitadas até quadros graves potencialmente letais. O Brasil se destaca entre os países mais afetados pela doença com aproximadamente 13,6 milhões de casos, equivalendo a mais de 60% dos casos nas Américas. Tal contexto endêmico é favorecido e desencadeado pelo comportamento do mosquito vetor Aedes aegypti, tornando a dengue um importante problema de saúde pública. Objetivo: O presente estudo objetiva analisar a tendência temporal da taxa de mortalidade por dengue entre os anos de 2014 e 2020 no Brasil. Metodologia: Corresponde a um estudo observacional, analítico e retrospectivo, para o qual adquiriu-se os dados a partir do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde(DATASUS). Os dados utilizados corresponderam ao número de óbitos por Dengue e o número populacional do Brasil, referentes aos anos de 2014 a 2020. Calculou-se o coeficiente de mortalidade dividindo-se o número de óbitos pelos seus respectivos números populacionais de cada ano. As séries temporais foram estimadas no software Stata 14.0, através do método de Prais-Winsten para análise de regressão linear. A partir desse processo, obteve-se o valor do coeficiente beta e do erro padrão, utilizados para calcular a taxa de incremento anual(TI), de modo que as tendências com menor que 0,05 foram consideradas significativas. Resultados: No período analisado(2014 a 2020) foram registrados 9.336.995 óbitos por dengue no Brasil. O ano de 2020 manifestou a maior taxa de mortalidade do período, com 7,35 óbitos por mil habitantes, e 2014 o menor (6,08), demonstrando um importante aumento dos óbitos por dengue no país. A tendência temporal demonstrou-se significativa e ascendente, com taxa de variação anual positiva de 2,3%, refletindo o impacto da dengue no país. Conclusão: Portanto, os dados permitem inferir que a mortalidade por dengue no país evidenciaram um aumento relevante entre os anos de 2014 a 2020. Dessa forma, faz-se necessário a manutenção, aperfeiçoamento e desenvolvimentos de campanhas e estratégias, incentivadas pelo sistema público de saúde, que aumentem a adesão da população no combate ao mosquito vetor.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"102 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-05-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7624","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: A dengue corresponde a uma arbovirose da família Flaviviridae, que compreende 4 sorotipos distintos, com um amplo espectro sintomático, variando de infecções assintomáticas e autolimitadas até quadros graves potencialmente letais. O Brasil se destaca entre os países mais afetados pela doença com aproximadamente 13,6 milhões de casos, equivalendo a mais de 60% dos casos nas Américas. Tal contexto endêmico é favorecido e desencadeado pelo comportamento do mosquito vetor Aedes aegypti, tornando a dengue um importante problema de saúde pública. Objetivo: O presente estudo objetiva analisar a tendência temporal da taxa de mortalidade por dengue entre os anos de 2014 e 2020 no Brasil. Metodologia: Corresponde a um estudo observacional, analítico e retrospectivo, para o qual adquiriu-se os dados a partir do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde(DATASUS). Os dados utilizados corresponderam ao número de óbitos por Dengue e o número populacional do Brasil, referentes aos anos de 2014 a 2020. Calculou-se o coeficiente de mortalidade dividindo-se o número de óbitos pelos seus respectivos números populacionais de cada ano. As séries temporais foram estimadas no software Stata 14.0, através do método de Prais-Winsten para análise de regressão linear. A partir desse processo, obteve-se o valor do coeficiente beta e do erro padrão, utilizados para calcular a taxa de incremento anual(TI), de modo que as tendências com menor que 0,05 foram consideradas significativas. Resultados: No período analisado(2014 a 2020) foram registrados 9.336.995 óbitos por dengue no Brasil. O ano de 2020 manifestou a maior taxa de mortalidade do período, com 7,35 óbitos por mil habitantes, e 2014 o menor (6,08), demonstrando um importante aumento dos óbitos por dengue no país. A tendência temporal demonstrou-se significativa e ascendente, com taxa de variação anual positiva de 2,3%, refletindo o impacto da dengue no país. Conclusão: Portanto, os dados permitem inferir que a mortalidade por dengue no país evidenciaram um aumento relevante entre os anos de 2014 a 2020. Dessa forma, faz-se necessário a manutenção, aperfeiçoamento e desenvolvimentos de campanhas e estratégias, incentivadas pelo sistema público de saúde, que aumentem a adesão da população no combate ao mosquito vetor.