{"title":"A ESCOLA NA PERSPECTIVA INCLUSIVA E PESSOAS COM SURDOCEGUEIRA: O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO COMO SUBSÍDIO PARA INCLUSÃO NA ESCOLA COMUM","authors":"Bernardo Lima de Sena","doi":"10.37423/211104994","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"1. INTRODUÇÃO. Este trabalho se alvitra e tem por objetivo prestar algumas ideias, a partir de uma revisão da literatura sobre o tema da surdocegueira, que poderão contribuir com para a inclusão de pessoas com essa deficiência no espaço da escola comum. Vale ressaltar que a inclusão rompe com os protótipos que alimentam o tradicionalismo das escolas, contestando os sistemas educacionais em seus embasamentos. Ela passa a discutir a definição de padrões ideais, a normalização de perfis específicos de alunos e a seleção dos eleitos para frequentar a escola (ROPOLI, 2010). Os espaços escolares inclusivos são abalizados numa compreensão de identidade e diferenças, em que as relações entre dois não se dispõem em torno de oposições binárias (normal/especial), não se elegendo uma identidade como singular em relação às demais. Em espaços escolares de exclusão, a identidade singular é tida como a preferencial, a correta, a natural, generalizada e positiva em relação às demais, sua definição provém do processo pelo qual o poder se manifesta na escola, elegendo uma identidade única, por meio da qual as outras identidades são consideradas e hierarquizadas (ROPOLI et al, 2010). A educação inclusiva questiona a artificialidade de identidades normais e entende as diferenças como resultado de multiplicidade, e não da diversidade, como comumente se proclama. Para Silva, citado por Rapoli et al(2010), a diferença vem do múltiplo e não do diverso. O autor traz que, assim como acontece na aritmética, o múltiplo é sempre uma ação. E enquanto a DIVERSIDADE é estática, estéril, a MULTIPLICIDADE é produtiva, uma máquina de produzir diferenças. Ou seja, enquanto a diversidade se limita ao que já existe, a multiplicidade se prolifera. A multiplicidade incita a diferença que se renuncia a se liquefazer com o idêntico. No desejo de assegurar a unidade das turmas escolares varreram com intensidade as diferenças que são analisadas como fundamentais, atualmente, nas salas de aula e fora delas. Percebe-se que as identidades fixas, acabadas, estão em crise (HALL, citado por MANTOAN, 2008) e a noção de identidades não fixas, voláteis é competente para desconstruir o sistema de","PeriodicalId":399297,"journal":{"name":"Educação: processo contínuo de desenvolvimento","volume":"22 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Educação: processo contínuo de desenvolvimento","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.37423/211104994","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
1. INTRODUÇÃO. Este trabalho se alvitra e tem por objetivo prestar algumas ideias, a partir de uma revisão da literatura sobre o tema da surdocegueira, que poderão contribuir com para a inclusão de pessoas com essa deficiência no espaço da escola comum. Vale ressaltar que a inclusão rompe com os protótipos que alimentam o tradicionalismo das escolas, contestando os sistemas educacionais em seus embasamentos. Ela passa a discutir a definição de padrões ideais, a normalização de perfis específicos de alunos e a seleção dos eleitos para frequentar a escola (ROPOLI, 2010). Os espaços escolares inclusivos são abalizados numa compreensão de identidade e diferenças, em que as relações entre dois não se dispõem em torno de oposições binárias (normal/especial), não se elegendo uma identidade como singular em relação às demais. Em espaços escolares de exclusão, a identidade singular é tida como a preferencial, a correta, a natural, generalizada e positiva em relação às demais, sua definição provém do processo pelo qual o poder se manifesta na escola, elegendo uma identidade única, por meio da qual as outras identidades são consideradas e hierarquizadas (ROPOLI et al, 2010). A educação inclusiva questiona a artificialidade de identidades normais e entende as diferenças como resultado de multiplicidade, e não da diversidade, como comumente se proclama. Para Silva, citado por Rapoli et al(2010), a diferença vem do múltiplo e não do diverso. O autor traz que, assim como acontece na aritmética, o múltiplo é sempre uma ação. E enquanto a DIVERSIDADE é estática, estéril, a MULTIPLICIDADE é produtiva, uma máquina de produzir diferenças. Ou seja, enquanto a diversidade se limita ao que já existe, a multiplicidade se prolifera. A multiplicidade incita a diferença que se renuncia a se liquefazer com o idêntico. No desejo de assegurar a unidade das turmas escolares varreram com intensidade as diferenças que são analisadas como fundamentais, atualmente, nas salas de aula e fora delas. Percebe-se que as identidades fixas, acabadas, estão em crise (HALL, citado por MANTOAN, 2008) e a noção de identidades não fixas, voláteis é competente para desconstruir o sistema de
1. 的介绍。这项工作的目的是提供一些想法,从文献综述的主题聋哑,这可能有助于纳入这一残疾的人在普通学校的空间。值得注意的是,包容打破了传统学校主义的原型,挑战了教育系统的基础。它接着讨论了理想标准的定义,特定学生概况的标准化和被选中上学的人的选择(ROPOLI, 2010)。包容性的学校空间是基于对身份和差异的理解,两者之间的关系不是围绕二元对立(正常/特殊)安排的,也不是选择一个身份作为单一的其他身份。公共学校的排斥,身份自然被认为是正确的,优惠的、自然的、普遍的积极的信息,来自定义过程能产生在学校,选出一个独一无二的身份,即其他被认为是身份和等级(ROPOLI et al ., 2010)。全纳教育质疑正常身份的人为性,并将差异理解为多样性的结果,而不是通常声称的多样性。对于Rapoli等人(2010)引用的Silva来说,差异来自于倍数而不是多样性。作者指出,就像在算术中一样,倍数总是一个动作。虽然多样性是静态的、贫瘠的,但多样性是多产的,是一台产生差异的机器。也就是说,当多样性局限于已经存在的东西时,多样性就会激增。多样性鼓励差异,而差异拒绝与相同的东西混合。为了确保学校班级的统一,他们强烈地扫除了目前在教室内外被分析为根本的差异。人们注意到,固定的、完成的身份正处于危机之中(霍尔,MANTOAN引用,2008),而非固定的、不稳定的身份的概念有能力解构