Maria Luiza Vieira Carvalho, G. Ribeiro-Samora, D. Montemezzo, A. Ferreira, R. Britto, D. A. Pereira
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Abstract
Objetivo: comparar o nível de atividade física de idosos que sofreram ou não Infarto do Miocárdio (IM); investigar a relação entre o nível de atividade física mensurada por acelerômetro, nível autorrelatado e capacidade funcional mensurada por teste de caminhada e identificar a influência de fatores demográficos e clínicos no nível de atividade física mensurada. Método: foram incluídos idosos que tiveram IM, sendo eles divididos em dois grupos: grupo pós infarto do miocárdio (GPIM n=25) e grupo controle (GC n=20). A quantidade de atividade física foi mensurada por acelerômetro (counts/dia e steps/dia) e por autorrelato por meio do questionário Perfil de Atividade Humana (PAH). Também foi avaliada a distância percorrida no Incremental Shuttle Walk Test (ISWT). Resultados: observou-se que a quantidade de atividade física realizada nas duas formas mensuradas e a distância percorrida foram semelhantes nos dois grupos (p>0,05). Foi observada correlação moderada e significativa entre quantidade de atividade física medida pelo acelerômetro com a medida pelo PAH, assim como com a distância percorrida no ISWT. A análise de regressão linear múltipla mostrou que a idade e o número de fatores de risco para doença coronariana explicaram 39% da atividade realizada pelos idosos. Conclusões: embora a existência de IM prévio não tenha interferido na quantidade de atividade física, foi identificada associação dos fatores de risco para doença coronariana e idade com a atividade física diária. A distância caminhada no ISWT e o autorrelato do nível de atividade podem ser utilizados como bons indicativos do nível de atividade física diária de idosos.