{"title":"“Le Passeur d’eau” de Émile Verhaeren: o apelo de uma nova poética","authors":"Maria de Jesus Cabral","doi":"10.11606/ISSN.2316-3976.V5I10P24-38","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Tradução de Bruno Anselmi Matangrano \nNo itinerário poético de Émile Verhaeren (1855-1916), “Le Passeur d’eau” [O barqueiro] – assim como toda a série de Villages illusoires [Aldeias ilusórias] – aparece, sob vários aspectos, como um poema de transição, entre as primeiras obras do poeta – a célebre “Trilogia negra” impregnada pelo pessimismo schopenhauriano – e a poesia “social” de Campagnes hallucinées [Campos alucinados], nova etapa de uma obra doravante aberta a uma humanidade em plena “revolução”. Partindo de uma anotação do escritor, este artigo pretende destacar como a temática da água, fonte de vida, associada ao esforço cotidiano do barqueiro, à energia humana e à esperança sempre renovados, adquire uma dimensão fortemente simbólica. A água, reflexo da criação na qual o gesto do barqueiro ao leme de sua embarcação e o poeta tornam-se um só, articula de maneira evidente a poética e a ética, configurando uma obra “loucamente” voltada para o futuro, no momento-chave do primeiro grande crescimento da literatura e das artes na Bélgica francófona.","PeriodicalId":184667,"journal":{"name":"Non Plus","volume":"51 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2016-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Non Plus","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/ISSN.2316-3976.V5I10P24-38","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Tradução de Bruno Anselmi Matangrano
No itinerário poético de Émile Verhaeren (1855-1916), “Le Passeur d’eau” [O barqueiro] – assim como toda a série de Villages illusoires [Aldeias ilusórias] – aparece, sob vários aspectos, como um poema de transição, entre as primeiras obras do poeta – a célebre “Trilogia negra” impregnada pelo pessimismo schopenhauriano – e a poesia “social” de Campagnes hallucinées [Campos alucinados], nova etapa de uma obra doravante aberta a uma humanidade em plena “revolução”. Partindo de uma anotação do escritor, este artigo pretende destacar como a temática da água, fonte de vida, associada ao esforço cotidiano do barqueiro, à energia humana e à esperança sempre renovados, adquire uma dimensão fortemente simbólica. A água, reflexo da criação na qual o gesto do barqueiro ao leme de sua embarcação e o poeta tornam-se um só, articula de maneira evidente a poética e a ética, configurando uma obra “loucamente” voltada para o futuro, no momento-chave do primeiro grande crescimento da literatura e das artes na Bélgica francófona.