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Abstract
No cenário marcadamente pluralista da atualidade, uma das questões que surge é o de como conciliar democracia e diversidade religiosa, ou seja, o de como definir qual o papel das diferentes religiões na constituição e manutenção de um Estado democrático e como o Estado democrático pode ou deve agir em relação a resolução de conflitos que podem advir da diversidade. Tentar dar uma contribuição a estas questões é o objetivo deste trabalho. Para fazer isso, pretendo, num primeiro momento mostrar três respostas possíveis que a filosofia da religião dá à diversidade religiosa e tomar partido de uma das respostas, a saber, o pluralismo. Ou seja, defenderei que aceitar o pluralismo de crenças e tomá-lo como legítimo é necessário e benéfico para as sociedades democráticas. Em um segundo momento, proporei uma tese segundo a qual, as religiões têm papel na esfera pública como participante ativa nos debates das questões democráticas, porém, uma religião particular não pode pretender o papel de definidora das questões democráticas. Ao final, apresentarei alguns desafios que a diversidade religiosa traz para o conceito de Estado laico.