L. Luiz, Pedro Bonilauri, Rodrigo Ribeiroesilva, Jean Carl Silva
{"title":"DESFECHOS MATERNO-FETAIS ADVERSOS RELACIONADOS A PARIDADE EM UMA MATERNIDADE NO SUL DO BRASIL","authors":"L. Luiz, Pedro Bonilauri, Rodrigo Ribeiroesilva, Jean Carl Silva","doi":"10.51161/epidemion/6961","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A primiparidade pode contribuir a diferentes desfechos gestacionais, pois além da questão fisiológica da mulher, a qual era nulípara, deve-se considerar o aspecto emocional desta puérpera, que sofre por influências hormonais entre outros aspectos emocionais. Nesse contexto, as primíparas podem apresentar maior tendência a desenvolver Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG), necessitar de episiotomia, além de apresentarem maior chance de partos prematuros. Desse modo, evidencia-se a necessidade de estudos os quais verificam a relação da primiparidade com desfechos obstétricos desfavoráveis. Objetivo: Avaliar os desfechos adversos perinatais relacionados à primiparidade. Material e Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal, realizado na Maternidade Darcy Vargas em Joinville–SC, no período de agosto a dezembro de 2020. O projeto foi aprovado sob o número CAAE 28786020.5.0000.5363 pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, Joinville, SC, Brasil. Realizou-se uma entrevista a uma amostra composta de puérperas maiores de 18 anos. Dividiu-se as pacientes em 2 grupos, primíparas (n=522/31,2%) e multíparas (n=1148/68,7%). No cálculo de razão de chance ajustado, utilizou-se o intervalo de confiança de 95%. Os fatores de confusão adotados foram: idade, tabagismo, alcoolismo e outras drogas. Resultados: Quanto às características maternas, primíparas tiveram menor idade, Índice da Massa Corporal, foram menos obesas e tiveram mais ganho de peso, também houve diferença quanto à escolaridade, atividade remunerada, situação marital, comparadas as multíparas. Além disso, as primíparas foram menos adequadas ao recomendado quanto ao Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde para o número de consultas, fizeram menos acompanhamento do alto risco e foram mais fumantes, comparadas às multíparas. Já, nas características do recém-nascido de primíparas, observou-se menor peso e idade gestacional ao nascimento, além de maior incidência de episiotomia no parto, comparado a recém-nascidos de multíparas. Após o cálculo de razão de chance ajustado, primíparas tiveram aumento da chance de episiotomia (RC=7,069 IC95% 4,275-11,690), prematuridade (RC=1,784 IC95% 1,011-3,148) e redução da chance de recém-nascidos grandes para a idade gestacional (GIG) (RC=0,555 IC95% 0,388-0,793). Conclusão: As pacientes primíparas apresentaram maior chance de episiotomia e prematuridade. Todavia, a primiparidade demonstrou ser um fator protetor para recém-nascidos GIG.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6961","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: A primiparidade pode contribuir a diferentes desfechos gestacionais, pois além da questão fisiológica da mulher, a qual era nulípara, deve-se considerar o aspecto emocional desta puérpera, que sofre por influências hormonais entre outros aspectos emocionais. Nesse contexto, as primíparas podem apresentar maior tendência a desenvolver Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG), necessitar de episiotomia, além de apresentarem maior chance de partos prematuros. Desse modo, evidencia-se a necessidade de estudos os quais verificam a relação da primiparidade com desfechos obstétricos desfavoráveis. Objetivo: Avaliar os desfechos adversos perinatais relacionados à primiparidade. Material e Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal, realizado na Maternidade Darcy Vargas em Joinville–SC, no período de agosto a dezembro de 2020. O projeto foi aprovado sob o número CAAE 28786020.5.0000.5363 pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, Joinville, SC, Brasil. Realizou-se uma entrevista a uma amostra composta de puérperas maiores de 18 anos. Dividiu-se as pacientes em 2 grupos, primíparas (n=522/31,2%) e multíparas (n=1148/68,7%). No cálculo de razão de chance ajustado, utilizou-se o intervalo de confiança de 95%. Os fatores de confusão adotados foram: idade, tabagismo, alcoolismo e outras drogas. Resultados: Quanto às características maternas, primíparas tiveram menor idade, Índice da Massa Corporal, foram menos obesas e tiveram mais ganho de peso, também houve diferença quanto à escolaridade, atividade remunerada, situação marital, comparadas as multíparas. Além disso, as primíparas foram menos adequadas ao recomendado quanto ao Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde para o número de consultas, fizeram menos acompanhamento do alto risco e foram mais fumantes, comparadas às multíparas. Já, nas características do recém-nascido de primíparas, observou-se menor peso e idade gestacional ao nascimento, além de maior incidência de episiotomia no parto, comparado a recém-nascidos de multíparas. Após o cálculo de razão de chance ajustado, primíparas tiveram aumento da chance de episiotomia (RC=7,069 IC95% 4,275-11,690), prematuridade (RC=1,784 IC95% 1,011-3,148) e redução da chance de recém-nascidos grandes para a idade gestacional (GIG) (RC=0,555 IC95% 0,388-0,793). Conclusão: As pacientes primíparas apresentaram maior chance de episiotomia e prematuridade. Todavia, a primiparidade demonstrou ser um fator protetor para recém-nascidos GIG.