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Abstract
O óbito perinatal ocorre em um delicado momento existencial e exige um trabalho de elaboração psíquica bastante singular. A dificuldade da rede de apoio em reconhecer a dor dos pais, a virtualidade do objeto perdido e a ambivalência contida no bebê dificultam que a experiência vivida seja inscrita na cadeia de simbolizações, contribuindo para que o trabalho de luto perinatal seja potencialmente problemático e possa ser vivido como traumático. Aponto nesse manuscrito que pode haver um trabalho de subjetivação que represente uma tentativa de ligação elaborativa através do uso criativo das redes sociais. A internet pode se apresentar como espaço potencial, tal qual definido por Winnicott, e se constituir como uma via promissora para expressão criativa diante do luto perinatal, onde os pais podem tanto narrar suas experiências (aproximando-as do mundo da linguagem e, portanto, aproximando-as de uma possível elaboração), como também sentirem-se pertencendo a um grupo com o qual podem se identificar.Palavras-chave:Luto Perinatal; espaço potencial; criatividade; redes sociais