Kelly Renata Lopes Silva, Jonathan Henrique da Silva, Gabriel Caetano Diniz, Isadora Almeida Marinho, Cyntya Kethurin Ribeiro
{"title":"TAXA DE LETALIDADE DO TÉTANO NO BRASIL: 2011-2020","authors":"Kelly Renata Lopes Silva, Jonathan Henrique da Silva, Gabriel Caetano Diniz, Isadora Almeida Marinho, Cyntya Kethurin Ribeiro","doi":"10.51161/epidemion/7678","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: O tétano trata-se de uma infecção não contagiosa desencadeada pela bactéria Clostridium tetani, quando esta alcança o sistema nervoso central secundariamente a uma lesão epitelial. Nesse contexto, a doença provoca rigidez em membros, abdômen e contrações musculares involuntárias. Entre os anos de 2019 e 2021, as taxas de mortalidade elevadas do Brasil o colocou em destaque quando comparado a países desenvolvidos, segundo o Ministério da Saúde. Assim, a análise epidemiológica do país torna-se relevante, uma vez que pode auxiliar a tomada de novas ações institucionais. Objetivo: Analisar a tendência temporal da taxa de letalidade do tétano no Brasil entre os anos de 2011 a 2020. Metodologia: Trata-se de um estudo de séries temporais, de caráter observacional e analítico. Para tal, obtiveram-se as informações sobre o número de óbitos e casos de tétano, no intervalo entre 2011 a 2020, no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS). O cálculo para obtenção da taxa de letalidade respectiva a cada ano analisado correspondeu a: (número de óbitos÷número de casos)x100. A análise de série temporal da taxa de letalidade do tétano no Brasil foi elaborada no software Stata 14.0, pelo método de regressão linear de Prais-Winsten. Resultado: No intervalo analisado, foram registrados 828 óbitos e 2.545 casos confirmados de tétano no Brasil. Nesse contexto, a maior taxa de letalidade observada foi em 2017, 40,93 óbitos por 100 casos de tétano, enquanto a menor foi em 2011, 29,25 óbitos por 100 casos. Além disso, a tendência temporal demonstrou-se significativa e ascendente no período estudado, com taxa de variação anual correspondente a 2,8% ao ano. Conclusão: Portanto, o presente estudo identificou o aumento da taxa de letalidade do tétano, entre os anos de 2011 e 2020, demonstrando o maior potencial da doença em evoluir para o óbito ao longo dos anos pesquisados. Dessa forma, torna-se necessário o desenvolvimento de estratégias que conscientizem e alertem a população acerca das consequências do tétano e a necessidade em buscar sua imunização contra a toxina tetânica, imunobiológico disponibilizado na rede pública de saúde.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"16 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-05-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7678","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: O tétano trata-se de uma infecção não contagiosa desencadeada pela bactéria Clostridium tetani, quando esta alcança o sistema nervoso central secundariamente a uma lesão epitelial. Nesse contexto, a doença provoca rigidez em membros, abdômen e contrações musculares involuntárias. Entre os anos de 2019 e 2021, as taxas de mortalidade elevadas do Brasil o colocou em destaque quando comparado a países desenvolvidos, segundo o Ministério da Saúde. Assim, a análise epidemiológica do país torna-se relevante, uma vez que pode auxiliar a tomada de novas ações institucionais. Objetivo: Analisar a tendência temporal da taxa de letalidade do tétano no Brasil entre os anos de 2011 a 2020. Metodologia: Trata-se de um estudo de séries temporais, de caráter observacional e analítico. Para tal, obtiveram-se as informações sobre o número de óbitos e casos de tétano, no intervalo entre 2011 a 2020, no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS). O cálculo para obtenção da taxa de letalidade respectiva a cada ano analisado correspondeu a: (número de óbitos÷número de casos)x100. A análise de série temporal da taxa de letalidade do tétano no Brasil foi elaborada no software Stata 14.0, pelo método de regressão linear de Prais-Winsten. Resultado: No intervalo analisado, foram registrados 828 óbitos e 2.545 casos confirmados de tétano no Brasil. Nesse contexto, a maior taxa de letalidade observada foi em 2017, 40,93 óbitos por 100 casos de tétano, enquanto a menor foi em 2011, 29,25 óbitos por 100 casos. Além disso, a tendência temporal demonstrou-se significativa e ascendente no período estudado, com taxa de variação anual correspondente a 2,8% ao ano. Conclusão: Portanto, o presente estudo identificou o aumento da taxa de letalidade do tétano, entre os anos de 2011 e 2020, demonstrando o maior potencial da doença em evoluir para o óbito ao longo dos anos pesquisados. Dessa forma, torna-se necessário o desenvolvimento de estratégias que conscientizem e alertem a população acerca das consequências do tétano e a necessidade em buscar sua imunização contra a toxina tetânica, imunobiológico disponibilizado na rede pública de saúde.