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Abstract
Normalmente encarado a partir de um olhar versado sobre a comparação das práticas religiosas populares com os modelos oficiais do que uma dada instituição religiosa pretende em seus cânones, a religiosidade popular foi ao longo do século 19 definida por tudo aquilo que “manifestasse o supersticioso, o grosseiro, o curioso e o vulgar.” (CÉSAR, 1976) Ainda no século XX, todavia, não é raro encontrarmos interpretações acadêmicas que desqualificam a religiosidade popular com atributos como “crendice do povo”, “paranoia”, “obsessão generalizada”, “comportamento sacrílego”, “religiosidade acrítica e emocional”, “engodo” e “primarismo acrítico”.
Por um lado, muitas dessas adjetivações advêm das oposições rígidas entre sagrado/profano, magia/religião, fé/superstição que ainda permeiam os referenciais teóricos acadêmicos. Elas têm se mostrado bastante limitadas quando o pesquisador se empenha em analisar o cotidiano da religiosidade popular. Por outro, as novas relações e novos movimentos religiosos presentes no mundo contemporâneo induz os pesquisadores do assunto desafios cada vez maiores para se pensar a amplitude do conceito de religião e/ou religiosidade popular em suas infinitesimais dinâmicas.
Em face disso, o presente dossiê propõe-se a reunir contribuições acadêmicas das mais diversas matizes quereflitam acerca da religião e religiosidade popular, de modo a se pensar de como as novas e tradicionais perspectivas do estudos da religião têm contribuído para abrir novas formas de leitura da religiosidade e religião popular na América Latina.