Este artigo discorre sobre a memória coletiva e verificar se há representação desta memória no acervo do Museu Zoroastro Artiaga, primeiro museu de Goiânia-GO. Para isto, são feitas análises do seu contexto histórico, desde as suas primeiras coleções até o acervo atual. No decorrer do artigo, é apresentado as reflexões conceituais sobre os museus, memória individual e coletiva e os locais de memória. Após, é relatado sobre a história e a trajetória das coleções do Museu Zoroastro Artiaga e mostrado o desfecho que, atualmente o museu possui um acervo bastante eclético e apesar que o seu foco inicial era de intuito educativo e de salvaguardar os bens, foi constatado que o mesmo possui também coleções representativas do que seria a “memória coletiva do povo goiano”, incluso nesta um sentido de origem.
{"title":"ESPAÇOS MUSEAIS E A MEMÓRIA COLETIVA: MUSEU GOIANO PROFESSOR ZOROASTRO ARTIAGA","authors":"W. Medeiros, Maysa Moreira Antunes","doi":"10.18224/mos.v14i2.8950","DOIUrl":"https://doi.org/10.18224/mos.v14i2.8950","url":null,"abstract":"Este artigo discorre sobre a memória coletiva e verificar se há representação desta memória no acervo do Museu Zoroastro Artiaga, primeiro museu de Goiânia-GO. Para isto, são feitas análises do seu contexto histórico, desde as suas primeiras coleções até o acervo atual. No decorrer do artigo, é apresentado as reflexões conceituais sobre os museus, memória individual e coletiva e os locais de memória. Após, é relatado sobre a história e a trajetória das coleções do Museu Zoroastro Artiaga e mostrado o desfecho que, atualmente o museu possui um acervo bastante eclético e apesar que o seu foco inicial era de intuito educativo e de salvaguardar os bens, foi constatado que o mesmo possui também coleções representativas do que seria a “memória coletiva do povo goiano”, incluso nesta um sentido de origem.","PeriodicalId":176746,"journal":{"name":"Revista Mosaico - Revista de História","volume":"266 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122933176","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Busco nesse artigo situar o escritor brasileiro Lima Barreto na história da loucura e das instituições manicomiais no Brasil. Internado por duas vezes em um manicômio o escritor teve toda sua vida marcada pelas sombras da loucura, a partir de suas próprias relações familiares. Amparado metodologicamente na forma do ensaio busco traçar as ambiguidades e sofrimento de Lima tendo como referência o Diário do Hospício, texto redigido pelo autor durante sua segunda internação hospitalar. Este artigo aponta para a hipótese de que foi a experiência social do escritor carioca o que melhor caracteriza seus supostos atos de anormalidade, sendo que é na singularidade imanente a tal experiência que Lima encontra para além de sua condição de negro e pobre a contextualização de sua exclusão social.
在这篇文章中,我试图将巴西作家利马·巴雷托置于巴西疯狂和庇护机构的历史中。在精神病院住了两次之后,作者的一生都被疯狂的阴影所标记,从他自己的家庭关系开始。在方法论上,以文章的形式,我试图追踪利马的歧义和痛苦,参考diario do hospico,作者在他第二次住院期间写的文本。这篇文章指出,假设是力拓的作家的社会经验描述他们所谓的异常行为,是在作品内在的体验之外,利马说具体情况的黑人和穷人的社会排斥的语境。
{"title":"LIMA BARRETO, O HOSPÍCIO E A LOUCURA COMO LUGAR DE FALA","authors":"Sílvio Camargo","doi":"10.18224/mos.v14i2.8870","DOIUrl":"https://doi.org/10.18224/mos.v14i2.8870","url":null,"abstract":"Busco nesse artigo situar o escritor brasileiro Lima Barreto na história da loucura e das instituições manicomiais no Brasil. Internado por duas vezes em um manicômio o escritor teve toda sua vida marcada pelas sombras da loucura, a partir de suas próprias relações familiares. Amparado metodologicamente na forma do ensaio busco traçar as ambiguidades e sofrimento de Lima tendo como referência o Diário do Hospício, texto redigido pelo autor durante sua segunda internação hospitalar. Este artigo aponta para a hipótese de que foi a experiência social do escritor carioca o que melhor caracteriza seus supostos atos de anormalidade, sendo que é na singularidade imanente a tal experiência que Lima encontra para além de sua condição de negro e pobre a contextualização de sua exclusão social.","PeriodicalId":176746,"journal":{"name":"Revista Mosaico - Revista de História","volume":"9 11","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"113953083","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Luana Barbosa Miranda Souza, Lorena Danielle Santos
O tema central desse artigo está relacionado à ideia de loucura que, ao longo da nossa história ocidental, tem desvelado uma série de questões sociais que decorrem, quase sempre, da prática contínua do preconceito social sobre os sujeitos históricos portadores de algum transtorno mental e comportamental. Para discutir o assunto, tomamos como fonte histórica o filme Loucura de amor (2021), dirigido por Dani de La Orden. Disponível na plataforma de streaming Netflix, tal produção tem como principal cenário uma clínica psiquiátrica onde os personagens são portadores das mais diversas experiências de vida e também de distintos transtornos mentais e comportamentais. Através desses personagens objetivamos analisar a maneira como a loucura foi representada e caracterizada, tendo em vista que o cinema, muito além de ser apenas uma forma de entretenimento, possui uma dimensão didática capaz de transmitir às pessoas um vasto conjunto de informações sobre os mais variados assuntos.
{"title":"HISTÓRIA E CINEMA: AS REPRESENTAÇÕES DA LOUCURA NO FILME LOUCURA DE AMOR (2021)","authors":"Luana Barbosa Miranda Souza, Lorena Danielle Santos","doi":"10.18224/mos.v14i2.8875","DOIUrl":"https://doi.org/10.18224/mos.v14i2.8875","url":null,"abstract":"O tema central desse artigo está relacionado à ideia de loucura que, ao longo da nossa história ocidental, tem desvelado uma série de questões sociais que decorrem, quase sempre, da prática contínua do preconceito social sobre os sujeitos históricos portadores de algum transtorno mental e comportamental. Para discutir o assunto, tomamos como fonte histórica o filme Loucura de amor (2021), dirigido por Dani de La Orden. Disponível na plataforma de streaming Netflix, tal produção tem como principal cenário uma clínica psiquiátrica onde os personagens são portadores das mais diversas experiências de vida e também de distintos transtornos mentais e comportamentais. Através desses personagens objetivamos analisar a maneira como a loucura foi representada e caracterizada, tendo em vista que o cinema, muito além de ser apenas uma forma de entretenimento, possui uma dimensão didática capaz de transmitir às pessoas um vasto conjunto de informações sobre os mais variados assuntos.","PeriodicalId":176746,"journal":{"name":"Revista Mosaico - Revista de História","volume":"79 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128042552","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Trata-se de mostrar que a pesquisa foucautiana sobre história da loucura tem um de seus fundamentos na perspectiva trágica articulada por Nietzsche. Nesse sentido, o objetivo deste artigo é reativar as linhas gerais dessa possibilidade, que já havia sido levantada por Roberto Machado (2005; 2012). Sendo assim, o que está em jogo é tentar mostrar que esse debate é ao mesmo tempo uma crítica da racionalidade ocidental moderna e uma produção de tensões para pensar o presente.
{"title":"A EXPERIÊNCIA TRÁGICA DA LOUCURA EM NIETZSCHE E FOUCAULT","authors":"Ronivaldo De Oliveira Rego Santos","doi":"10.18224/mos.v14i2.8896","DOIUrl":"https://doi.org/10.18224/mos.v14i2.8896","url":null,"abstract":"Trata-se de mostrar que a pesquisa foucautiana sobre história da loucura tem um de seus fundamentos na perspectiva trágica articulada por Nietzsche. Nesse sentido, o objetivo deste artigo é reativar as linhas gerais dessa possibilidade, que já havia sido levantada por Roberto Machado (2005; 2012). Sendo assim, o que está em jogo é tentar mostrar que esse debate é ao mesmo tempo uma crítica da racionalidade ocidental moderna e uma produção de tensões para pensar o presente.","PeriodicalId":176746,"journal":{"name":"Revista Mosaico - Revista de História","volume":"341 5","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"120837897","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A loucura é retratada de diversas formas ao longo da história da humanidade. Tradicionalmente, a figura do louco seria uma alegoria para representação daquilo ou daquele que é diferente, que não se encaixa nos padrões sociais para uma convivência harmônica em comunidade. Pensando na segregação dos sujeitos considerados desviantes na sociedade convencional, este breve estudo pretende realizar uma análise sobre a representação da loucura na literatura, a fim de verificar de que modo as influências históricas ainda são evocadas nas artes, e como são transgredidas essas influências através da criação literária de personagens icônicos e enigmáticos, que, por não se moldarem ao sistema social dominante, acabam sendo considerados loucos, e enlouquecendo os que os cercam. Alguns textos literários serão evocados a título de exemplo da loucura na obra, particularmente o conto “Bartleby, o escrivão”, de Herman Melville. Como referência teórica, serão consideradas, principalmente, as reflexões de Michel Foucault.
{"title":"ESSA ESTRANHA VIZINHANÇA DA LOUCURA COM A LITERATURA","authors":"J. Gonçalves","doi":"10.18224/mos.v14i2.8879","DOIUrl":"https://doi.org/10.18224/mos.v14i2.8879","url":null,"abstract":"A loucura é retratada de diversas formas ao longo da história da humanidade. Tradicionalmente, a figura do louco seria uma alegoria para representação daquilo ou daquele que é diferente, que não se encaixa nos padrões sociais para uma convivência harmônica em comunidade. Pensando na segregação dos sujeitos considerados desviantes na sociedade convencional, este breve estudo pretende realizar uma análise sobre a representação da loucura na literatura, a fim de verificar de que modo as influências históricas ainda são evocadas nas artes, e como são transgredidas essas influências através da criação literária de personagens icônicos e enigmáticos, que, por não se moldarem ao sistema social dominante, acabam sendo considerados loucos, e enlouquecendo os que os cercam. Alguns textos literários serão evocados a título de exemplo da loucura na obra, particularmente o conto “Bartleby, o escrivão”, de Herman Melville. Como referência teórica, serão consideradas, principalmente, as reflexões de Michel Foucault.","PeriodicalId":176746,"journal":{"name":"Revista Mosaico - Revista de História","volume":"2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128295486","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Neste trabalho vamos discorrer acerca do aumento expressivo dos casos de tendência suicida, transtornos de ansiedade, depressão, que surge a partir de um cenário psicótico de destituição de valores com significativa rupturas de paradigmas e critérios sociais com ampla fuga e distorção da realidade- a era da psicose. Na década de 2010 a 2020 tivemos significativo aumento dos casos, em especial de crianças e adolescentes, com automutilação e ideação suicida. Com o advento da pandemia de Covid-19, ocorre uma ampliação em mais de 40% do número de casos de saúde mental evidenciando uma pandemia. Vamos neste artigo discorrer a partir da saúde mental sobre os principais elementos configurativo de impacto deste cenário e possíveis desdobramentos.
{"title":"A PANDEMIA DO DESESPERO","authors":"Jorge Antônio Monteiro De Lima","doi":"10.18224/mos.v14i2.8921","DOIUrl":"https://doi.org/10.18224/mos.v14i2.8921","url":null,"abstract":"Neste trabalho vamos discorrer acerca do aumento expressivo dos casos de tendência suicida, transtornos de ansiedade, depressão, que surge a partir de um cenário psicótico de destituição de valores com significativa rupturas de paradigmas e critérios sociais com ampla fuga e distorção da realidade- a era da psicose. Na década de 2010 a 2020 tivemos significativo aumento dos casos, em especial de crianças e adolescentes, com automutilação e ideação suicida. Com o advento da pandemia de Covid-19, ocorre uma ampliação em mais de 40% do número de casos de saúde mental evidenciando uma pandemia. Vamos neste artigo discorrer a partir da saúde mental sobre os principais elementos configurativo de impacto deste cenário e possíveis desdobramentos.","PeriodicalId":176746,"journal":{"name":"Revista Mosaico - Revista de História","volume":"5 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127844080","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"NELLY BLY DENUNCIA O ENCARCERAMENTO DA LOUCURA, NO SÉCULO XIX.","authors":"Tatiana Carilly Oliveira Andrade, E. Sugizaki","doi":"10.18224/mos.v14i2.8941","DOIUrl":"https://doi.org/10.18224/mos.v14i2.8941","url":null,"abstract":" ","PeriodicalId":176746,"journal":{"name":"Revista Mosaico - Revista de História","volume":"31 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122030976","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A história da hanseníase é circunscrita sob a rejeição, a superstição e a intolerância, por ter uma imagem terrificante na memória da humanidade. São muitos os fatores associados à doença, e seu percurso provém de longa data e perpassa não só por questões sociais, mas, especialmente, por questões políticas. Ademais, a exclusão social ocasionada pelo estigma, existente desde os tempos remotos, e, no século XX, reforçado pelas políticas sanitárias com caráter segregacionista, se torna um dos maiores desafios para os portadores desta doença. Diante disso, este trabalho reconstitui a história do leprosário de Anápolis e buscou o aporte do materialismo histórico dialético na análise da presença das instituições religiosas e sua contribuição aos hansenianos, bem como o estigma se tornou a base das relações entre a comunidade em questão e a sociedade na qual está inserida.
{"title":"O LEPROSÁRIO DE ANÁPOLIS: DA ORIGEM AO FIM DO ISOLAMENTO COMPULSÓRIO (1932-1986) E A QUESTÃO DO ESTIGMA","authors":"Andreia Marquezan, Roseli Martins Tristão Maciel","doi":"10.18224/mos.v14i2.8919","DOIUrl":"https://doi.org/10.18224/mos.v14i2.8919","url":null,"abstract":"A história da hanseníase é circunscrita sob a rejeição, a superstição e a intolerância, por ter uma imagem terrificante na memória da humanidade. São muitos os fatores associados à doença, e seu percurso provém de longa data e perpassa não só por questões sociais, mas, especialmente, por questões políticas. Ademais, a exclusão social ocasionada pelo estigma, existente desde os tempos remotos, e, no século XX, reforçado pelas políticas sanitárias com caráter segregacionista, se torna um dos maiores desafios para os portadores desta doença. Diante disso, este trabalho reconstitui a história do leprosário de Anápolis e buscou o aporte do materialismo histórico dialético na análise da presença das instituições religiosas e sua contribuição aos hansenianos, bem como o estigma se tornou a base das relações entre a comunidade em questão e a sociedade na qual está inserida.","PeriodicalId":176746,"journal":{"name":"Revista Mosaico - Revista de História","volume":"149 1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125879982","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Observa-se que não são poucas as razões de estudar a educação inclusiva. Possivelmente sua marginalidade seja o foco do historiador. Contudo, os objetos de uma história problema fazem com que a história, obrigatoriamente, saia de sua velha cidadela, para lembrar as palavras de Michel Foucault (LE GOFF, 2005, p. 24). O objetivo deste estudo foi, antes, realizar um percurso de discussão em torno da questão da educação inclusiva do que propriamente esboçar uma definição. Para tanto, importa dizer que primeiramente se deve visitar as instituições escolares e suas práticas em torno de interrogações tais como o que é inclusão e o que é aluno incluso, por exemplo. Em termos metodológicos, foram analisados documentos oficiais e textos em geral (artigos e trabalhos acadêmicos, livros etc.) sobre o tema, sempre se levando em consideração a necessidade de problematizar e contribuir com o debate. O texto está dividido em três seções. A primeira traz uma discussão mais geral acerca da educação no contexto da globalização, a partir de questões levantadas por Sander (2005), Santos (2016) e outros teóricos. A segunda seção traz uma retrospectiva de marcos importantes na construção da educação inclusiva no ensino regular com base em Dellani e Moraes (2012), Mantoan (2003), dentre outros autores. Por fim, a terceira seção traz algumas questões acerca do aluno incluso ou aluno de inclusão.
{"title":"SOBRE GLOBALIZAÇÃO, EDUCAÇÃO, INCLUSÃO. POSSIBILIDADES?","authors":"Adelmar Santos de Araújo","doi":"10.18224/mos.v14i2.8801","DOIUrl":"https://doi.org/10.18224/mos.v14i2.8801","url":null,"abstract":"Observa-se que não são poucas as razões de estudar a educação inclusiva. Possivelmente sua marginalidade seja o foco do historiador. Contudo, os objetos de uma história problema fazem com que a história, obrigatoriamente, saia de sua velha cidadela, para lembrar as palavras de Michel Foucault (LE GOFF, 2005, p. 24). O objetivo deste estudo foi, antes, realizar um percurso de discussão em torno da questão da educação inclusiva do que propriamente esboçar uma definição. Para tanto, importa dizer que primeiramente se deve visitar as instituições escolares e suas práticas em torno de interrogações tais como o que é inclusão e o que é aluno incluso, por exemplo. Em termos metodológicos, foram analisados documentos oficiais e textos em geral (artigos e trabalhos acadêmicos, livros etc.) sobre o tema, sempre se levando em consideração a necessidade de problematizar e contribuir com o debate. O texto está dividido em três seções. A primeira traz uma discussão mais geral acerca da educação no contexto da globalização, a partir de questões levantadas por Sander (2005), Santos (2016) e outros teóricos. A segunda seção traz uma retrospectiva de marcos importantes na construção da educação inclusiva no ensino regular com base em Dellani e Moraes (2012), Mantoan (2003), dentre outros autores. Por fim, a terceira seção traz algumas questões acerca do aluno incluso ou aluno de inclusão.","PeriodicalId":176746,"journal":{"name":"Revista Mosaico - Revista de História","volume":"25 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131236271","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente artigo aborda questões envolta de instituições médicas que acolhiam alienados para o tratamento necessário, mas também estava aliado ao discurso político da época no processo de embelezamento da cidade. Manaus viveu um apogeu econômico no final do século XIX para o XX, que proporcionou algumas mudanças sociais, culturais e econômicas, esses fatores serão unidos ao discurso higiênico da época que vai culminar na forma de pensar a doença. Partindo da ideia do uso da ciência para tratar os doentes e a sociedade, o código de postura vai ser uma ferramenta do Estado para normatizar o corpo e a cidade, para isso foi necessário excluir os que estavam doentes ou adoeciam a cidade para espaços distantes do centro urbano, além disso padrões de comportamento foram impostos para que a sociedade fosse vista como moderna e higienizada.
{"title":"OS ALIENADOS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA E DO HOSPÍCIO EDUARDO RIBEIRO: EXCLUSÃO E NORMALIZAÇÃO DO CORPO E DA CIDADE DE MANAUS (1880-1927)","authors":"Maria de Jesus do Carmo de Araújo","doi":"10.18224/mos.v14i2.8918","DOIUrl":"https://doi.org/10.18224/mos.v14i2.8918","url":null,"abstract":"O presente artigo aborda questões envolta de instituições médicas que acolhiam alienados para o tratamento necessário, mas também estava aliado ao discurso político da época no processo de embelezamento da cidade. Manaus viveu um apogeu econômico no final do século XIX para o XX, que proporcionou algumas mudanças sociais, culturais e econômicas, esses fatores serão unidos ao discurso higiênico da época que vai culminar na forma de pensar a doença. Partindo da ideia do uso da ciência para tratar os doentes e a sociedade, o código de postura vai ser uma ferramenta do Estado para normatizar o corpo e a cidade, para isso foi necessário excluir os que estavam doentes ou adoeciam a cidade para espaços distantes do centro urbano, além disso padrões de comportamento foram impostos para que a sociedade fosse vista como moderna e higienizada.","PeriodicalId":176746,"journal":{"name":"Revista Mosaico - Revista de História","volume":"2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132228454","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}