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Abstract
A partir da matriz teórica do Materialismo Histórico e Dialético, este artigo tem como objetivo apresentar reflexões sobre a pauta conservadora que pretende se tornar hegemônica por meio de Projetos de Lei que pretendem instituir o Programa Escola sem Partido (ESP) em todos os sistemas de ensino do Brasil. A análise sobre as implicações dessa iniciativa conservadora está sustentada nas categorias gramscianas de Hegemonia e Consenso. Para tanto, o texto aponta como a categoria Hegemonia pode contribuir para a formação de um consenso passivo que fragmenta a luta e a consciência de classe de modo a dar legitimidade aos interesses particulares da classe dominante; tece considerações sobre os fundamentos do pensamento conservador e a pauta norteadora da ESP. Por fim, indica que o projeto de manutenção da hegemonia capitalista, pela via da educação, não está descolado da lógica que rege as perspectivas norteadoras do conservadorismo e que o Programa ESP impede o desvelamento sobre a manutenção do capitalismo como sistema societário hegemônico. Portanto, aos sujeitos comprometidos com a superação da desigualdade social e exploração que norteia o modo de produção capitalista, resta um duro processo de resistência às investidas conservadoras e a constante luta por uma sociedade em que vigore a justiça e a igualdade social.