Georgia Velozo Andrade Costa, Mell Gomes Marques, Rayanne Cristina DO Rosário Carvalho, Ana Déborah Costa Prado, José Manuel Borges do Nascimento Costa
{"title":"PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS EM GESTANTES NO ESTADO DO CEARÁ, NO PERÍODO DE 2016 A 2021","authors":"Georgia Velozo Andrade Costa, Mell Gomes Marques, Rayanne Cristina DO Rosário Carvalho, Ana Déborah Costa Prado, José Manuel Borges do Nascimento Costa","doi":"10.51161/epidemion/6944","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A sífilis gestacional consiste em uma infecção sexualmente transmissível (IST), causada pela bactéria Treponema pallidum, podendo ter sua transmissão de forma sexual ou vertical. É responsável por causar aumento da mortalidade intrauterina e complicações perinatais, necessitando de uma intervenção precoce, visando reduzir a transmissão vertical para o feto. Atualmente, a mortalidade por complicações dessa condição e a dificuldade do diagnóstico precoce são consideradas situações evitáveis. Objetivo: Conhecer o perfil epidemiológico da sífilis em gestantes no Estado do Ceará do período de 2016 a 2021. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, no qual foram coletados dados acerca da sífilis gestacional no estado do Ceará, no período de 2016 a 2021, a partir de informações em saúde disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Os dados foram obtidos para cada ano estudado, utilizando-se das variáveis: faixa etária e escolaridade. Resultados: No período citado foram notificados um total de 9.724 casos, distribuídos da seguinte forma: 2016 – 953 casos (9,8%), 2017 – 1.311 casos (13,4%), 2018 – 2.149 casos (22%), 2019 - 2.190 casos (22,5%), 2020 – 2.159 casos (22,2%%), 2021 – 962 casos (9,8%). Quando analisamos os casos segundo a faixa etária, observa-se que as gestantes entre 20-39 anos foram as mais acometidas pelo quadro, correspondendo a 7.077 (72,7%) casos, seguidas pela faixa etária de 15-19 anos, responsável por 2.339 (24%) casos, sendo as gestantes de 10-14 anos a faixa menos acometida, representando 142 (1,4%) casos. Analisando a escolaridade, temos a seguinte distribuição: analfabetas – 82 casos (0,8%), ensino fundamental incompleto – 3.089 casos (31,7%), ensino fundamental completo – 954 casos (9,8%), ensino médio incompleto – 1.289 casos (13,2%), ensino médio completo – 1.684 casos (17,3%), educação superior incompleta – 95 casos (0,9%), educação superior completa – 77 casos (0,7%). Conclusão: Analisando-se os dados coletados, é evidente que a quase totalidade dos casos refere-se a gestantes com uma baixa escolaridade, indicando uma possível falta de conhecimento acerca da sífilis e suas repercussões, fato esse que corrobora com a alta mortalidade associada ao quadro. Conclui-se que, além da adequada assistência em saúde, o conhecimento acerca dessa enfermidade deve ser estimulado, visando diagnóstico precoce e abordagem eficaz às gestantes acometidas.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6944","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: A sífilis gestacional consiste em uma infecção sexualmente transmissível (IST), causada pela bactéria Treponema pallidum, podendo ter sua transmissão de forma sexual ou vertical. É responsável por causar aumento da mortalidade intrauterina e complicações perinatais, necessitando de uma intervenção precoce, visando reduzir a transmissão vertical para o feto. Atualmente, a mortalidade por complicações dessa condição e a dificuldade do diagnóstico precoce são consideradas situações evitáveis. Objetivo: Conhecer o perfil epidemiológico da sífilis em gestantes no Estado do Ceará do período de 2016 a 2021. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, no qual foram coletados dados acerca da sífilis gestacional no estado do Ceará, no período de 2016 a 2021, a partir de informações em saúde disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Os dados foram obtidos para cada ano estudado, utilizando-se das variáveis: faixa etária e escolaridade. Resultados: No período citado foram notificados um total de 9.724 casos, distribuídos da seguinte forma: 2016 – 953 casos (9,8%), 2017 – 1.311 casos (13,4%), 2018 – 2.149 casos (22%), 2019 - 2.190 casos (22,5%), 2020 – 2.159 casos (22,2%%), 2021 – 962 casos (9,8%). Quando analisamos os casos segundo a faixa etária, observa-se que as gestantes entre 20-39 anos foram as mais acometidas pelo quadro, correspondendo a 7.077 (72,7%) casos, seguidas pela faixa etária de 15-19 anos, responsável por 2.339 (24%) casos, sendo as gestantes de 10-14 anos a faixa menos acometida, representando 142 (1,4%) casos. Analisando a escolaridade, temos a seguinte distribuição: analfabetas – 82 casos (0,8%), ensino fundamental incompleto – 3.089 casos (31,7%), ensino fundamental completo – 954 casos (9,8%), ensino médio incompleto – 1.289 casos (13,2%), ensino médio completo – 1.684 casos (17,3%), educação superior incompleta – 95 casos (0,9%), educação superior completa – 77 casos (0,7%). Conclusão: Analisando-se os dados coletados, é evidente que a quase totalidade dos casos refere-se a gestantes com uma baixa escolaridade, indicando uma possível falta de conhecimento acerca da sífilis e suas repercussões, fato esse que corrobora com a alta mortalidade associada ao quadro. Conclui-se que, além da adequada assistência em saúde, o conhecimento acerca dessa enfermidade deve ser estimulado, visando diagnóstico precoce e abordagem eficaz às gestantes acometidas.