Victor Luiz Luciano da Silva, Ursula Raquel do Carmo Fonseca da Silva, Amanda Maria Santana DA Costa, Italo Matheus DA Silva Pequeno, Francisco Israel Magalhães Feijao
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Abstract
Introdução: A chikungunya é uma arbovirose que consiste em uma doença febril, ocasionada pelo vírus de RNA chikungunya (CHIKV), do gênero Alphavirus cuja transmissão ocorre, principalmente, através da picada de fêmeas dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus infectados. Objetivo: O objetivo do estudo é analisar as estatísticas da doença no Brasil, no período correspondente às 16 primeiras semanas epidemiológicas de 2021 e 2022, a fim de entender o cenário epidemiológico em sua totalidade. Material e Métodos: Realizou-se um estudo descritivo a partir de dados extraídos de Boletins Epidemiológicos da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Foram utilizadas técnicas de estatística descritiva e inferência estatística para analisar as informações coletadas. Resultados: Notou-se um aumento significativo dos casos de chikungunya no Brasil comparando-se as 16 primeiras semanas epidemiológicas de 2021 e 2022, especificamente nas regiões Centro-oeste, Norte e Nordeste, ao mesmo tempo que aconteceu uma redução dos casos nas regiões Sul e Sudeste. Além disso, o número de óbitos por chikungunya no Brasil nesse período mais que dobrou. Conclusão: Os dados apontaram para um alarmante aumento do número de casos e de óbitos por chikungunya no período analisado, evidenciando a necessidade da intensificação de ações para a contenção do mosquito vetor. Constatou-se também um maior aumento do número de casos na região Nordeste, fato que pode estar relacionado ao fenômeno La Niña, responsável por alterações climáticas que podem ter favorecido a proliferação do vetor na região, somado a fatores sociais como a pandemia da COVID-19 que abalou o setor de saúde.