L. Luiz, Pedro Bonilauri Ferreira, Felipe Farah, R. R. E. Silva, Jean Carl Silva
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Abstract
Introdução: De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que 250 milhões de mulheres são tabagistas em todo o mundo. Nesse contexto, o tabagismo entre mulheres demonstra-se mais crítico ao relacionar-se com a gestação, com base nos danos preconizados ao feto e a mãe, levantando-se a hipótese de que gestações associadas ao tabaco, resultam em PIG, más formações fetais, abortos espontâneos, fetos com problemas respiratórios, parto prematuro entre outras intercorrências. Objetivo: Avaliar os desfechos adversos perinatais relacionados ao tabagismo na gestação. Métodos: O projeto foi aprovado sob o número CAAE 28786020.5.0000.5363 pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, Joinville, SC, Brasil. Trata-se de um estudo corte transversal, realizado na Maternidade Darcy Vargas em Joinville–SC, no período de agosto a dezembro de 2020. Realizou-se uma entrevista a uma amostra composta de puérperas maiores de 18 anos. Dividiu-se as pacientes em 2 grupos, pacientes que fumaram e pacientes que não fumaram na gestação. No cálculo de razão de chance ajustado, utilizou-se o intervalo de confiança de 95%. Os fatores de confusão adotados foram: idade, cesariana prévia, alcoolismo e outras drogas. Resultados: As pacientes foram divididas puérperas que fumaram na gestação (n=125/7,4%) e que não fumaram (n=1545/92,5%). Quanto as características maternas, puérperas que fumaram foram mais negras e pardas, tiveram mais gestações, partos normais e cesarianas anteriores, também foram mais solteiras e divorciadas, comparadas as gestantes que não fumaram. Além disso, fizeram menos consultas pré-natal, tiveram menor adequação ao número de consultas mínimo do MS e da OMS, também usaram mais álcool e drogas na gestação, quando comparadas as mães que não fumaram. Já, nas características do recém-nascido de pacientes que fumaram, observou-se menor peso ao nascimento e diferença na adequação deste a idade gestacional, apresentando mais recém-nascidos pequenos para a idade gestacional (PIG), comparado a recém-nascidos de pacientes não fumaram. Após o cálculo de razão de chance ajustado, verificou-se que o tabagismo aumentou a chance de recém-nascidos PIG (RC=2,590 IC95% 1,344-4,990), não interferiu nos demais desfechos. Conclusão: O tabagismo aumentou em 2,5 vezes a chance de recém-nascidos PIG