Juliana Pereira de Araújo, Valéria Landa Alfaiate Carrijo
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Abstract
A escola deixa marcas nas identidades daqueles que passam por seus bancos. Para jovens negros e negras elas são naturalizadas como registro de um processo, que dito civilizatório, promove o distanciamento da cultura dos povos africanos e o cerceamento de seus corpos comprometendo a compreensão das estruturas que mantem negros e negras em condições desiguais de vida e trabalho. Sob a égide da Lei 10.639/2003, observamos nas escolas projetos sobre a questão étnico-racial mas pouco sabemos sobre como os alunos avaliam o impacto dessas experiências. Por isso, realizamos um estudo de caso ligado ao Projeto Empodera! tendo como base um referencial teórico de perspectiva decolonial. Foram entrevistados (as) sete (07) jovens negros e negras egressos de uma escola pública mineira para analisarmos como avaliam o impacto de um projeto vivenciado durante o Ensino Médio. Após a análise do conteúdo sobre o material das entrevistas concluímos que na visão dos (as) entrevistados (as) o projeto impactou positivamente suas identidades porque alterou sua relação com o próprio corpo, forneceu conhecimentos sobre a questão do negro e potencializou estratégias para adoção de outras formas de ser e estar no mundo que implicam a conexão com outros negros e negras e a atuação permanente contra o racismo.