{"title":"A FORMAÇÃO DOCENTE NO BRASIL","authors":"Ana Paula Quintanilha Bastos de Jesus","doi":"10.54265/zofj4414","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A formação de professores no Brasil começa com aquela que preparava o docente para o ensino das primeiras letras, nas chamadas Escolas Normais, no final do século XIX. Com a Lei 9.394 de 1996, passa-se à formação desses docentes em nível superior, tendo dez anos para que se ajustasse a essa nova realidade. No século XX, surge a preocupação para com a formação de professores em cursos regulares e específicos para o “secundário”, hoje os anos finais do fundamental e médio. O famoso “3 + 1” surge para que houvesse a obtenção da licenciatura com disciplinas da área de educação, e, o mesmo ocorreu com o curso de pedagogia. Em 1986 esse curso passa por uma remodelação que facultava a formação para a docência de 1ª a 4ª séries; já com a LDB de 1996, houve propostas para instituições formadoras como para os cursos de formação de professores. Segundo Bernadete A. Gatti - Doutora em Psicologia e coordenadora do Departamento de Pesquisas Educacionais da Fundação Carlos Chagas – com a chegada do século XXI “em uma condição de formação de professores nas áreas disciplinares em que, mesmo com as orientações mais integradoras quanto à relação ‘formação disciplinar/formação para a docência’, na prática ainda se verifica a prevalência do modelo consagrado no início do século XX para essas licenciaturas”. O Conselho Nacional de Educação aprovou a Resolução n. 1, de 15/05/2006, tendo Diretrizes Curriculares Nacionais para essa modalidade com licenciatura, em que atribui a formação de professores para a educação infantil, bem como anos iniciais do ensino fundamental e ensino médio, tido como modalidade Normal, e para a educação de jovens e adultos, como também formação de gestores. Nesse curso, de acordo com a Resolução, o curso deve proporcionar “a aplicação ao campo da educação, de contribuições, entre outras, de conhecimentos como o filosófico, o histórico, o antropológico, o ambiental-ecológico, o psicológico, o linguístico, o sociológico, o político, o econômico, o cultural”, e, também desenvolver a formação de habilidades de planejamento, o mesmo em execução, coordenação, tratar de preparar o aluno para quando no exercício da profissão dar acompanhamento e avaliação de tarefas pertinentes ao setor da Educação, de projetos e experiências educativas não escolares; permitir a produção e difusão do conhecimento científico-tecnológico do campo educacional, sejam nos ambientes escolares e não escolares, além de outros tantos itens dessa Resolução. Quanto a essa licenciatura há divergências quanto ao currículo, em função dos graves problemas na aprendizagem escolar, mas essa realidade não está ligada só ao currículo, pois há diversos fatores sociais de maneira geral que implicam nessa situação, tendo de avaliar todas as camadas da sociedade, para que se perceba a quantidade de fatores que interferem nessas deficiências das licenciaturas como um todo. É, portanto, imprescindível que a formação de professores, para a educação básica necessita atuar a partir da prática, e somar a isso conhecimentos fundamentais com valor importante, amparado, como também com mediações didáticas no que diz respeito à formação do docente que atuará com crianças e adolescentes. PALAVRAS-CHAVE: Escolas Normais, Docentes, Pedagogia","PeriodicalId":175555,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Online Nacional de Pedagogia","volume":"2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do III Congresso Online Nacional de Pedagogia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.54265/zofj4414","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A formação de professores no Brasil começa com aquela que preparava o docente para o ensino das primeiras letras, nas chamadas Escolas Normais, no final do século XIX. Com a Lei 9.394 de 1996, passa-se à formação desses docentes em nível superior, tendo dez anos para que se ajustasse a essa nova realidade. No século XX, surge a preocupação para com a formação de professores em cursos regulares e específicos para o “secundário”, hoje os anos finais do fundamental e médio. O famoso “3 + 1” surge para que houvesse a obtenção da licenciatura com disciplinas da área de educação, e, o mesmo ocorreu com o curso de pedagogia. Em 1986 esse curso passa por uma remodelação que facultava a formação para a docência de 1ª a 4ª séries; já com a LDB de 1996, houve propostas para instituições formadoras como para os cursos de formação de professores. Segundo Bernadete A. Gatti - Doutora em Psicologia e coordenadora do Departamento de Pesquisas Educacionais da Fundação Carlos Chagas – com a chegada do século XXI “em uma condição de formação de professores nas áreas disciplinares em que, mesmo com as orientações mais integradoras quanto à relação ‘formação disciplinar/formação para a docência’, na prática ainda se verifica a prevalência do modelo consagrado no início do século XX para essas licenciaturas”. O Conselho Nacional de Educação aprovou a Resolução n. 1, de 15/05/2006, tendo Diretrizes Curriculares Nacionais para essa modalidade com licenciatura, em que atribui a formação de professores para a educação infantil, bem como anos iniciais do ensino fundamental e ensino médio, tido como modalidade Normal, e para a educação de jovens e adultos, como também formação de gestores. Nesse curso, de acordo com a Resolução, o curso deve proporcionar “a aplicação ao campo da educação, de contribuições, entre outras, de conhecimentos como o filosófico, o histórico, o antropológico, o ambiental-ecológico, o psicológico, o linguístico, o sociológico, o político, o econômico, o cultural”, e, também desenvolver a formação de habilidades de planejamento, o mesmo em execução, coordenação, tratar de preparar o aluno para quando no exercício da profissão dar acompanhamento e avaliação de tarefas pertinentes ao setor da Educação, de projetos e experiências educativas não escolares; permitir a produção e difusão do conhecimento científico-tecnológico do campo educacional, sejam nos ambientes escolares e não escolares, além de outros tantos itens dessa Resolução. Quanto a essa licenciatura há divergências quanto ao currículo, em função dos graves problemas na aprendizagem escolar, mas essa realidade não está ligada só ao currículo, pois há diversos fatores sociais de maneira geral que implicam nessa situação, tendo de avaliar todas as camadas da sociedade, para que se perceba a quantidade de fatores que interferem nessas deficiências das licenciaturas como um todo. É, portanto, imprescindível que a formação de professores, para a educação básica necessita atuar a partir da prática, e somar a isso conhecimentos fundamentais com valor importante, amparado, como também com mediações didáticas no que diz respeito à formação do docente que atuará com crianças e adolescentes. PALAVRAS-CHAVE: Escolas Normais, Docentes, Pedagogia