{"title":"PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS – ESPÍRITO SANTO (BRASIL) – 2007 A 2019","authors":"Gilton Luiz Almada, Fellipe SANT’ANNA Almada, Maryana Carolino Alves França Almada, Henrique SANT’ANNA Almada, Kimberly Domingos Schneider","doi":"10.51161/epidemion/6828","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: Os principais acidentes por animais peçonhentos são o escorpionismo, ofidismo e araneísmo. Entretanto, outros animais também são considerados peçonhentos, como himenópteros (abelhas, vespas e formigas), lepidópteros (mariposas e suas larvas), oleópteros (besouros), quilópodes (lacraias), cnidários (águas-vivas e caravelas) e peixes. A realização de estudo descritivo deste agravo fornece informações importantes para a implantação de ações de prevenção e tratamento adequados. É uma das etapas do planejamento estratégico situacional: o diagnóstico do problema. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos acidentes por animais peçonhentos no estado do Espírito Santo no período de 2007 a 2019, fornecendo subsídios para tomada de decisão. Metodologia: Realizou-se estudo observacional descritivo e retrospectivo dos acidentes por animais peçonhentos (escorpionismo, ofidismo e araneísmo) no período de 2007 a 2019 no estado do Espírito Santo. Resultado: Entre os anos de 2007 a 2019 foram notificados 58015 casos de acidentes com animais peçonhentos no estado do Espírito Santo. A maioria dos acidentes foi ocasionada pelos escorpiões, seguido pelas serpentes, aranhas e abelhas. Os acidentes envolvendo escorpião vêm atingindo uma crescente magnitude, superando em números absolutos os casos de ofidismo a partir de 2008. Foram notificados 11276 acidentes ofídicos. A taxa de incidência para acidentes ofídicos é maior que os valores registrados para a média do Brasil, que é de 13,8 acidentes/100000 habitantes. O escorpionismo ocorre predominantemente em área urbana e sua distribuição ao longo do ano não ocorre de maneira uniforme, ocorrendo um aumento no número de casos na época de calor e chuvas, o que ocorreu também nesse estudo, onde o aumento ocorreu de outubro a dezembro, demostrando uma sazonalidade para este período. Em relação ao araneísmo, a maioria dos acidentes foi ocasionado pelo gênero Phoneutria, com ocorrência dos gêneros Loxosceles e Latrodectus, que correspondem aos três gêneros de aranhas de importância médica. Conclusão: A análise do perfil epidemiológico dos casos de acidentes com animais peçonhentos no Espírito Santo no período avaliado contribui para o conhecimento da realidade do Estado, possibilitando que ações de prevenção sejam direcionadas a população de maior risco.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"20 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6828","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: Os principais acidentes por animais peçonhentos são o escorpionismo, ofidismo e araneísmo. Entretanto, outros animais também são considerados peçonhentos, como himenópteros (abelhas, vespas e formigas), lepidópteros (mariposas e suas larvas), oleópteros (besouros), quilópodes (lacraias), cnidários (águas-vivas e caravelas) e peixes. A realização de estudo descritivo deste agravo fornece informações importantes para a implantação de ações de prevenção e tratamento adequados. É uma das etapas do planejamento estratégico situacional: o diagnóstico do problema. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos acidentes por animais peçonhentos no estado do Espírito Santo no período de 2007 a 2019, fornecendo subsídios para tomada de decisão. Metodologia: Realizou-se estudo observacional descritivo e retrospectivo dos acidentes por animais peçonhentos (escorpionismo, ofidismo e araneísmo) no período de 2007 a 2019 no estado do Espírito Santo. Resultado: Entre os anos de 2007 a 2019 foram notificados 58015 casos de acidentes com animais peçonhentos no estado do Espírito Santo. A maioria dos acidentes foi ocasionada pelos escorpiões, seguido pelas serpentes, aranhas e abelhas. Os acidentes envolvendo escorpião vêm atingindo uma crescente magnitude, superando em números absolutos os casos de ofidismo a partir de 2008. Foram notificados 11276 acidentes ofídicos. A taxa de incidência para acidentes ofídicos é maior que os valores registrados para a média do Brasil, que é de 13,8 acidentes/100000 habitantes. O escorpionismo ocorre predominantemente em área urbana e sua distribuição ao longo do ano não ocorre de maneira uniforme, ocorrendo um aumento no número de casos na época de calor e chuvas, o que ocorreu também nesse estudo, onde o aumento ocorreu de outubro a dezembro, demostrando uma sazonalidade para este período. Em relação ao araneísmo, a maioria dos acidentes foi ocasionado pelo gênero Phoneutria, com ocorrência dos gêneros Loxosceles e Latrodectus, que correspondem aos três gêneros de aranhas de importância médica. Conclusão: A análise do perfil epidemiológico dos casos de acidentes com animais peçonhentos no Espírito Santo no período avaliado contribui para o conhecimento da realidade do Estado, possibilitando que ações de prevenção sejam direcionadas a população de maior risco.