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Abstract
O conceito de maternidade reflete um sistema patriarcal que reforça a imposição social de constituir família, cabendo à mulher a responsabilidade compulsória de gerar e criar filhos. Todavia, é considerável o número de mulheres que não aspiram à maternidade atualmente, prova disso são as quedas nas taxas de natalidade e novas formas de organização familiar. O presente trabalho coletou dados a partir de um questionário online, respondido por 310 mulheres que afirmaram não desejar serem mães. Os dados para análise foram organizados considerando as questões mais frequentes que permeiam a temática: Maternidade compulsória: maternidade como obrigação e destino inquestionável da mulher; Arrependimento: afirmação externa de que se trata de uma escolha momentânea que gerará arrependimento; Maternidade é benção: afirmações que colocam o filho como principal fonte de felicidade. Destaca-se a possibilidade de compartilhar socialmente a opção pela não-maternidade, mas não sem julgamentos vinculados à ideia de maternidade compulsória.