Ana Caroline Sousa da Costa Silva, Maria Clara Gomes Dos Reis, Marylia da Costa Macedo, Isabella Marculino Freire, Jorgyanne Gonzalez Costa
{"title":"ANÁLISE COMPARATIVA SOBRE A EPIDEMIA DE ZIKA VÍRUS NO BRASIL ENTRE O MARANHÃO E O CEARÁ","authors":"Ana Caroline Sousa da Costa Silva, Maria Clara Gomes Dos Reis, Marylia da Costa Macedo, Isabella Marculino Freire, Jorgyanne Gonzalez Costa","doi":"10.51161/epidemion/6920","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: O vírus Zika (ZIKV) é uma doença infecciosa emergente transmitida por meio da picada do mosquito Aedes aegypti. Infecções tornaram-se cada vez mais comuns, e no ano de 2015 o primeiro caso foi registrado em território brasileiro, no nordeste, que concentrou 84% dos casos de microcefalia em recém nascidos e após o ano de 2016, registrou a maior quantidade de casos no país. Nesse contexto, alguns estados nordestinos apresentam variáveis favoráveis para a dinâmica vetorial de arboviroses, como o Zika. Logo, torna-se imprescindível o conhecimento acerca das formas de distribuição e desfechos da doença nesses estados. Objetivos: Analisar a prevalência e apresentação do Zika vírus no Ceará e Maranhão, ressaltando o perfil epidemiológico e o desfecho das infecções, a partir dos casos notificados no período de 2016 a 2021. Metodologia: Tratou-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo, descritivo, quantitativo, que usou dados secundários acerca do Zika vírus nos estados Ceará e Maranhão, de 2016 a 2021, disponibilizados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Realizou-se a coleta de dados na plataforma do DATASUS, com base em indicadores e dados básicos sobre Zika vírus. Resultados: No intervalo de 2016 a 2021 foram notificados 15.947 casos de Zika vírus no Ceará e 6.657 no Maranhão. Nesse espaço de tempo é possível observar que a raça mais atingida foi a parda, correspondendo a 73,73% e 80% dos casos no Ceará e Maranhão, respectivamente. Em relação ao sexo, o mais afetado pelo ZIKV foi o feminino, no Ceará 70,22% eram mulheres e no Maranhão cerca de 65,73%, sendo que 16% estavam grávidas. De acordo com os dados obtidos no DATASUS, a quantidade de óbitos nos dois estados não foi significativa, no Ceará não houveram óbitos. A incidência média no Ceará totalizou 172,2 casos/100.000 habitantes, já no Maranhão 93,1 casos/100.000 habitantes. Conclusão: Dessa forma, os dados obtidos demonstram que os impactos causados pelo ZIKV, em ambos os estados foram expressivos em mulheres, e que o quesito raça/cor foi importante. Nesse contexto, ações conjuntas de combate e prevenção são necessárias para evitar a expansão do Zika vírus em regiões que favorecem a dinâmica vetorial.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"44 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6920","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: O vírus Zika (ZIKV) é uma doença infecciosa emergente transmitida por meio da picada do mosquito Aedes aegypti. Infecções tornaram-se cada vez mais comuns, e no ano de 2015 o primeiro caso foi registrado em território brasileiro, no nordeste, que concentrou 84% dos casos de microcefalia em recém nascidos e após o ano de 2016, registrou a maior quantidade de casos no país. Nesse contexto, alguns estados nordestinos apresentam variáveis favoráveis para a dinâmica vetorial de arboviroses, como o Zika. Logo, torna-se imprescindível o conhecimento acerca das formas de distribuição e desfechos da doença nesses estados. Objetivos: Analisar a prevalência e apresentação do Zika vírus no Ceará e Maranhão, ressaltando o perfil epidemiológico e o desfecho das infecções, a partir dos casos notificados no período de 2016 a 2021. Metodologia: Tratou-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo, descritivo, quantitativo, que usou dados secundários acerca do Zika vírus nos estados Ceará e Maranhão, de 2016 a 2021, disponibilizados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Realizou-se a coleta de dados na plataforma do DATASUS, com base em indicadores e dados básicos sobre Zika vírus. Resultados: No intervalo de 2016 a 2021 foram notificados 15.947 casos de Zika vírus no Ceará e 6.657 no Maranhão. Nesse espaço de tempo é possível observar que a raça mais atingida foi a parda, correspondendo a 73,73% e 80% dos casos no Ceará e Maranhão, respectivamente. Em relação ao sexo, o mais afetado pelo ZIKV foi o feminino, no Ceará 70,22% eram mulheres e no Maranhão cerca de 65,73%, sendo que 16% estavam grávidas. De acordo com os dados obtidos no DATASUS, a quantidade de óbitos nos dois estados não foi significativa, no Ceará não houveram óbitos. A incidência média no Ceará totalizou 172,2 casos/100.000 habitantes, já no Maranhão 93,1 casos/100.000 habitantes. Conclusão: Dessa forma, os dados obtidos demonstram que os impactos causados pelo ZIKV, em ambos os estados foram expressivos em mulheres, e que o quesito raça/cor foi importante. Nesse contexto, ações conjuntas de combate e prevenção são necessárias para evitar a expansão do Zika vírus em regiões que favorecem a dinâmica vetorial.