A. Silva, M. J. Marques, Laryssa Grazielle Feitosa Lopes, E. L. Soares
{"title":"LEISHMANIOSE: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS ÓBITOS NO ESTADO DE PERNAMBUCO DE 2016 A 2020","authors":"A. Silva, M. J. Marques, Laryssa Grazielle Feitosa Lopes, E. L. Soares","doi":"10.51161/epidemion/6824","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: As leishmanioses são zoonoses causadas por protozoários do gênero Leishmania, doença transmitida para os animais e o homem por meio da picada das fêmeas de diversas espécies de flebotomíneos. Atualmente, afetam 12 milhões de pessoas em 98 países, com cerca de 1,3 milhões de novos casos e 20 a 40 mil mortes por ano. No Brasil, a doença é endêmica em áreas rurais, sendo observados muitos surtos na região Nordeste. Atualmente, a leishmaniose visceral vem apresentando um processo de urbanização em diversas regiões do país, tornando-a um sério problema de saúde pública com franca expansão geográfica. Podendo se apresentar de duas formas leishmaniose visceral e tegumentar, sendo a visceral considerada o tipo mais agressivo da doença e que se não identificada e tratada em tempo ágil pode levar a morte. Objetivo: Descrever a mortalidade por leishmaniose no estado de Pernambuco segundo faixa etária, cor/raça, estado civil e sexo, no período de 2016 a 2020. Metodologia: Pesquisa epidemiológica, fundamentada em dados secundários, cujas informações empregadas procedem do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Para os devidos cálculos foi utilizado o Software Excel® 2010 para se alcançar mais exatidão nos resultados. Resultados: Dos anos de 2016 a 2020 foram registrados 78 óbitos decorrentes da leishmaniose no estado de Pernambuco, o ano de 2017 teve o maior número de mortes e 2018 o menor índice, 20 (25,6%) e 13 (16,6%), respectivamente. Em relação à faixa etária a mais acometida foi de 50 a 59 anos 13 (16,6%). A cor/raça mais predominante é a parda 58 (74,3%) seguida da branca 15 (19,2%). Já no que concerne ao sexo o que mais prevaleceu foi o masculino 54 (69,2%) em comparação ao feminino 24 (30,8%). Quanto ao estado civil, os solteiros notificaram a maioria dos falecimentos 38 (48,7%). Conclusão: Conclui-se que os jovens foram os mais acometidos, a cor parda foi a que mais morreu, os homens representaram os maiores números de óbitos e os solteiros foi o que mais evoluíram ao óbito. Deve o poder público promover melhorias nas condições de vida para os mais expostos a essa doença.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6824","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: As leishmanioses são zoonoses causadas por protozoários do gênero Leishmania, doença transmitida para os animais e o homem por meio da picada das fêmeas de diversas espécies de flebotomíneos. Atualmente, afetam 12 milhões de pessoas em 98 países, com cerca de 1,3 milhões de novos casos e 20 a 40 mil mortes por ano. No Brasil, a doença é endêmica em áreas rurais, sendo observados muitos surtos na região Nordeste. Atualmente, a leishmaniose visceral vem apresentando um processo de urbanização em diversas regiões do país, tornando-a um sério problema de saúde pública com franca expansão geográfica. Podendo se apresentar de duas formas leishmaniose visceral e tegumentar, sendo a visceral considerada o tipo mais agressivo da doença e que se não identificada e tratada em tempo ágil pode levar a morte. Objetivo: Descrever a mortalidade por leishmaniose no estado de Pernambuco segundo faixa etária, cor/raça, estado civil e sexo, no período de 2016 a 2020. Metodologia: Pesquisa epidemiológica, fundamentada em dados secundários, cujas informações empregadas procedem do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Para os devidos cálculos foi utilizado o Software Excel® 2010 para se alcançar mais exatidão nos resultados. Resultados: Dos anos de 2016 a 2020 foram registrados 78 óbitos decorrentes da leishmaniose no estado de Pernambuco, o ano de 2017 teve o maior número de mortes e 2018 o menor índice, 20 (25,6%) e 13 (16,6%), respectivamente. Em relação à faixa etária a mais acometida foi de 50 a 59 anos 13 (16,6%). A cor/raça mais predominante é a parda 58 (74,3%) seguida da branca 15 (19,2%). Já no que concerne ao sexo o que mais prevaleceu foi o masculino 54 (69,2%) em comparação ao feminino 24 (30,8%). Quanto ao estado civil, os solteiros notificaram a maioria dos falecimentos 38 (48,7%). Conclusão: Conclui-se que os jovens foram os mais acometidos, a cor parda foi a que mais morreu, os homens representaram os maiores números de óbitos e os solteiros foi o que mais evoluíram ao óbito. Deve o poder público promover melhorias nas condições de vida para os mais expostos a essa doença.