Mirella Cavalcante Vilar Lima, Raquel de Aragão Fernandes Uchôa
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Abstract
Diante do cenário de pandemia fica evidenciado a importância de sistemas de proteção social em todo o mundo. No Brasil a pandemia da Covid19, associada a um processo em curso de desmonte das políticas públicas, intensifica muitos dos desafios a serem enfrentados, principalmente, no que se refere às proteções das infâncias e adolescências e suas famílias, com destaque para aquelas pobres, pretas e periféricas. Este artigo se volta para a análise sobre os efeitos do confinamento social vivenciado e de ainda difícil mensuração, sobre a capacidade protetiva das famílias brasileiras em relação as suas crianças e adolescentes, bem como sobre os aspectos conjunturais da ascensão e acirramento das pautas conservadoras e neoliberais sob a égide do Governo Bolsonaro. Os apontamentos derivam de reflexões estabelecidas no contexto do Curso de Especialização em Direitos da Criança e do Adolescente, ofertado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, através da Escola de Conselhos de Pernambuco. A reflexão aqui proposta se volta para os desafios do tempo presente, os contornos de uma relação familista entre o Estado e sociedade ao longo da história e perspectivas para o futuro em relação ao trabalho de proteção das infâncias em um país sob efeitos de diversas crises, sejam as da história do tempo presente, sejam as delineadas e cristalizadas ao longo da formação social do Brasil, com recorte mais específico para os efeitos da pandemia, ainda em curso, da Covid19.