Sarah Suellen Sena da Silva Siqueira, Thácilla Siqueira Eugênio Nascimento, R. Pinto, S. Carneiro
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Abstract
Introdução: Determinantes sociais de saúde (DSS) são "as condições nas quais as pessoas nascem, crescem, trabalham, vivem e envelhecem, e o conjunto mais amplo de forças e sistemas que moldam as condições de vida” e desempenham papel central na transmissão, morbidade e mortalidade de doenças infecciosas, sendo as mais prevalentes Tuberculose (TB), Malária, HIV e COVID-19. Embora esses DSS sejam de suma importância para a organização de políticas de saúde pública, ainda é notória a negligência generalizada a tais fatores, necessitando aperfeiçoamento. Objetivo: Analisar a influência dos determinantes sociais na distribuição quantitativa das doenças infecciosas no mundo. Metodologia: Foi realizada uma revisão da literatura na base de dados PubMED, sendo selecionados 9 artigos ao todo. Os descritores utilizados para a pesquisa foram: “Social Determinants of Health” e “Communicable Diseases”. Resultados: Foram selecionados 9 artigos publicados em inglês nos últimos 5 anos. Dentre os trabalhos selecionados, 3 abordam a pandemia de COVID-19, 5 as doenças infecciosas e 1 as projeções baseadas em DSS. No escopo das doenças infecciosas bastante prevalentes, HIV, TB e Malária estão intimamente relacionadas com situações de vulnerabilidade social, com a TB predominando em grupos com baixos níveis socioeconômicos e situações precárias de moradia. Sobre o HIV, é visível que a inobservância do pré-natal- exemplificada pela ausência de profilaxia com terapia antirretroviral- e condições inadequadas de parto influenciam a transmissão do HIV para o bebê, demonstrando que o acesso ao sistema de saúde e à informação são determinantes na propagação do vírus. Quanto à pandemia de Covid-19, foi notório a dificuldade de auto-isolamento em grupos sociais com instabilidade econômica, moradias superpovoadas e com acesso dificultado a um sistema de saúde eficiente, visto que, muitas vezes, este se tornou um local de alta infecção. Além disso, no ambiente urbano, o acesso a serviços de saúde de qualidade passam por disparidades de raça, segregação de moradia e níveis socioeconômicos, impedindo a alguns grupos o acesso à saúde. Conclusão: Nesse contexto, é evidente que as políticas públicas necessitam de abordagens mais atualizadas e adaptadas às diferentes situações sociais e aos níveis de transmissão das doenças infecciosas.