Tupiracy Celso Gomes Damasceno, Marcus Vinícius Medeiros Pereira
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Abstract
A baixa presença de pretos e pardos nos meios científicos, quando comparados a sua proporção na população, somada à percepção da ciência como meio racialmente neutro gera na população a percepção de que isso se dá simplesmente por causalidade, não sendo nem de longe um ponto a ser debatido. Fruto do racismo estrutural, essa noção é tão arraigada que nem mesmo militantes dos movimentos negros escapam dela, sendo fundamental para a alteração desse panorama a superação do paradigma cultural que tem na Europa e no aspecto caucasiano a noção de bom e de belo. No presente estudo, a partir da análise histórica das relações raciais no Brasil e da necessidade de ampliação da representação negra e parda no campo das ciências, partiu-se para a elaboração de um produto educacional que possibilite junto aos alunos um meio mais atraente para trabalhar essas ideias. Nesse sentido, elaborou-se uma história em quadrinhos que tem como personagem principal o físico e egiptólogo senegalês Sheik Anta Diop visando à discussão dos métodos científicos, que foi testada com alunos do ensino médio para melhor compreensão tanto da natureza da ciência quanto da importância da representação.