Tiago Grassano Lattari, Tiago Rafael Onzi, Leila John Marques Stedile, M. P. Pincelli
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Abstract
OBJETIVO: Identificar fatores relacionados à percepção de baixa qualidade de vida nos pacientes atendidos em um serviço de cirurgia bariátrica.MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, comparando três grupos distintos de pacientes, sendo o primeiro grupo composto por pacientes em pré-operatório; o segundo por pacientes um ano após a cirurgia; e, o terceiro por pacientes no quinto ano de pós-operatório. Foram analisados dados obtidos dos prontuários e obtidos a partir da aplicação do questionário SF-36 de qualidade de vida, da Escala Hospitalar de Autoestima e Depressão (HADS), da Escala de Autoestima de Rosenberg (EAR) e dos Questionário de Função Sexual nas versões feminina e masculina (QS-F e QS-M). A baixa qualidade de vida foi definida quando um paciente atingia escores inferiores a um desvio-padrão daquele observado na população, em pelo menos um dos componentes do instrumento SF-36.RESULTADOS: Em todos os grupos houve associação entre a percepção de baixa qualidade de vida com a idade, a ausência de atividade física, os sintomas de ansiedade e de depressão e a baixa função sexual com percepção de baixa de autoestima. Após a cirurgia, a percepção de baixa qualidade de vida se associou com a piora de comorbidades relacionadas à obesidade. Ao se comparar pacientes não operados e operados, os últimos apresentaram maior prevalência de sintomas de ansiedade e de depressão, melhores escores no componente físico e escores semelhantes no componente mental do SF-36.CONCLUSÕES: A cirurgia bariátrica está relacionada com melhor qualidade de vida no componente físico do SF-36, entretanto o componente mental da qualidade de vida pode se dissociar da melhora física observada.