{"title":"DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO, PRECARIZAÇÃO E DESIGUALDADES INTERSECCIONAIS","authors":"H. Hirata","doi":"10.22478/UFPB.1676-4439.2018V17N1.41160","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O desenvolvimento do trabalho doméstico remunerado e do trabalho de cuidado nos últimos anos não se deve apenas, como se diz frequentemente, ao aumento do trabalho remunerado das mulheres e ao envelhecimento notável da população nos países industrializados, mas também é uma consequência da precarização do trabalho e do impacto do desemprego. Tal precarização não é apenas o resultado de um processo interno às sociedades estudadas, mas é também o fruto das “cadeias globais de afeto e de assistência” às quais se referem Cristina Carrasco e Arlie Hochschild. Para analisar o trabalho de cuidado como trabalho realizado principalmente por mulheres, negras, imigrantes e pobres, utilizaremos a teoria da interseccionalidade ou da consubstancialidade, que parte da afirmação da interdependência das relações de poder de gênero, raça e classe (KERGOAT).","PeriodicalId":363760,"journal":{"name":"Revista da ABET","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"2","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista da ABET","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22478/UFPB.1676-4439.2018V17N1.41160","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O desenvolvimento do trabalho doméstico remunerado e do trabalho de cuidado nos últimos anos não se deve apenas, como se diz frequentemente, ao aumento do trabalho remunerado das mulheres e ao envelhecimento notável da população nos países industrializados, mas também é uma consequência da precarização do trabalho e do impacto do desemprego. Tal precarização não é apenas o resultado de um processo interno às sociedades estudadas, mas é também o fruto das “cadeias globais de afeto e de assistência” às quais se referem Cristina Carrasco e Arlie Hochschild. Para analisar o trabalho de cuidado como trabalho realizado principalmente por mulheres, negras, imigrantes e pobres, utilizaremos a teoria da interseccionalidade ou da consubstancialidade, que parte da afirmação da interdependência das relações de poder de gênero, raça e classe (KERGOAT).