Pedro Bonilauri Ferreira, L. Luiz, Felipe Farah, R. R. E. Silva, Jean Carl Silva
{"title":"DESFECHOS MATERNO-FETAIS ADVERSOS RELACIONADOS AO DIABETES MELLITUS GESTACIONAL EM UMA MATERNIDADE DO SUL DO BRASIL","authors":"Pedro Bonilauri Ferreira, L. Luiz, Felipe Farah, R. R. E. Silva, Jean Carl Silva","doi":"10.51161/epidemion/6963","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: O diabetes mellitus gestacional (DMG) consiste na intolerância à glicose que se inicia ou é detectada pela primeira vez durante a gestação sendo considerada a complicação médica mais comum da gravidez. Objetivo: Avaliar desfechos adversos perinatais relacionados ao Diabetes Mellitus Gestacional (DMG). Métodos: Trata-se de um estudo caso-controle, realizado na Maternidade Darcy Vargas em Joinville–SC, no período de agosto a dezembro de 2020. Realizou-se uma entrevista a uma amostra composta de puérperas maiores de 18 anos. Dividiu-se as pacientes em 2 grupos, pacientes com e sem DMG. No cálculo de razão de chance ajustado para fatores de confusão, utilizou-se o intervalo de confiança de 95%. Os fatores de confusão utilizados foram: idade, cesariana prévia, tabagismo, alcoolismo e outras drogas. Resultados: As pacientes foram divididas em 2 grupos: puérperas com DMG (n=345/20,6%) e sem DMG (n=1325/79,3%). Quanto as características maternas, puérperas com DMG tiveram maior idade, IMC e número de consultas pré-natal, além de menor ganho de peso, comparadas as pacientes sem DMG. Além disso, pacientes com DMG tiveram mais gestações anteriores, cesarianas, abortos prévios, obesidade, Doença Hipertensiva Específica da Gestação, e Hipertensão Arterial Sistêmica prévia, comparadas as gestantes sem DMG. Já, nas características do recém-nascido de mães com DMG, observou-se menor idade gestacional, Apgar de 1º e 5º minutos, maior incidência de UTI neonatal e cesariana, além de diferença na adequação ao peso. Após o cálculo de razão de chance ajustado, DMG aumentou a chance de recém-nascidos Grandes para a Idade Gestacional (GIG) (RC=1,399 IC95% 1,013- 1,933), UTI neonatal (RC=1,733 IC95% 1,065-2,819) e Apgar baixo no primeiro minuto (RC=1,775 IC95% 1,117-2,820), não interferiu nos demais desfechos. Conclusão: O DMG aumentou a chance de recém-nascidos GIG em 1,4 vezes, necessidade de UTI neonatal em 1,7 vezes e Apgar baixo no primeiro minuto em 1,7 vezes.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"118 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6963","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: O diabetes mellitus gestacional (DMG) consiste na intolerância à glicose que se inicia ou é detectada pela primeira vez durante a gestação sendo considerada a complicação médica mais comum da gravidez. Objetivo: Avaliar desfechos adversos perinatais relacionados ao Diabetes Mellitus Gestacional (DMG). Métodos: Trata-se de um estudo caso-controle, realizado na Maternidade Darcy Vargas em Joinville–SC, no período de agosto a dezembro de 2020. Realizou-se uma entrevista a uma amostra composta de puérperas maiores de 18 anos. Dividiu-se as pacientes em 2 grupos, pacientes com e sem DMG. No cálculo de razão de chance ajustado para fatores de confusão, utilizou-se o intervalo de confiança de 95%. Os fatores de confusão utilizados foram: idade, cesariana prévia, tabagismo, alcoolismo e outras drogas. Resultados: As pacientes foram divididas em 2 grupos: puérperas com DMG (n=345/20,6%) e sem DMG (n=1325/79,3%). Quanto as características maternas, puérperas com DMG tiveram maior idade, IMC e número de consultas pré-natal, além de menor ganho de peso, comparadas as pacientes sem DMG. Além disso, pacientes com DMG tiveram mais gestações anteriores, cesarianas, abortos prévios, obesidade, Doença Hipertensiva Específica da Gestação, e Hipertensão Arterial Sistêmica prévia, comparadas as gestantes sem DMG. Já, nas características do recém-nascido de mães com DMG, observou-se menor idade gestacional, Apgar de 1º e 5º minutos, maior incidência de UTI neonatal e cesariana, além de diferença na adequação ao peso. Após o cálculo de razão de chance ajustado, DMG aumentou a chance de recém-nascidos Grandes para a Idade Gestacional (GIG) (RC=1,399 IC95% 1,013- 1,933), UTI neonatal (RC=1,733 IC95% 1,065-2,819) e Apgar baixo no primeiro minuto (RC=1,775 IC95% 1,117-2,820), não interferiu nos demais desfechos. Conclusão: O DMG aumentou a chance de recém-nascidos GIG em 1,4 vezes, necessidade de UTI neonatal em 1,7 vezes e Apgar baixo no primeiro minuto em 1,7 vezes.