{"title":"Construções metafóricas na narrativa da criança","authors":"Gabriela Golembieski","doi":"10.25189/2675-4916.2022.v3.n1.id619","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste trabalho, busca-se descrever como se estabelecem as metáforas, concebidas como “transferências analógicas de denominações” (cfe. BENVENISTE, 2020), nos deslocamentos realizados pela criança na linguagem. O viés teórico-metodológico pauta-se na perspectiva enunciativa aquisicional (SILVA, 2009), a qual se baseia em princípios benvenistianos. Neste artigo, ilustra-se o tema com um dado de uma criança de 5 anos. O objetivo é descrever como se estabelecem as “transferências analógicas de denominações” nos deslocamentos realizados pela criança na linguagem. Compreende-se a metáfora como um arranjo de formas e sentidos que se estabelece no uso da língua pelo falante em determinada situação enunciativa e na relação intersubjetiva com o outro da enunciação. Nas vivências com o outro, na cultura da sociedade da qual faz parte, a criança vivencia o poder de significação advindo da propriedade simbólica da linguagem, o que lhe permite estabelecer analogias entre formas e sentidos da língua e mobilizar, no discurso, novos empregos para palavras e expressões da língua. ","PeriodicalId":137098,"journal":{"name":"Cadernos de Linguística","volume":"43 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-04-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos de Linguística","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.25189/2675-4916.2022.v3.n1.id619","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Neste trabalho, busca-se descrever como se estabelecem as metáforas, concebidas como “transferências analógicas de denominações” (cfe. BENVENISTE, 2020), nos deslocamentos realizados pela criança na linguagem. O viés teórico-metodológico pauta-se na perspectiva enunciativa aquisicional (SILVA, 2009), a qual se baseia em princípios benvenistianos. Neste artigo, ilustra-se o tema com um dado de uma criança de 5 anos. O objetivo é descrever como se estabelecem as “transferências analógicas de denominações” nos deslocamentos realizados pela criança na linguagem. Compreende-se a metáfora como um arranjo de formas e sentidos que se estabelece no uso da língua pelo falante em determinada situação enunciativa e na relação intersubjetiva com o outro da enunciação. Nas vivências com o outro, na cultura da sociedade da qual faz parte, a criança vivencia o poder de significação advindo da propriedade simbólica da linguagem, o que lhe permite estabelecer analogias entre formas e sentidos da língua e mobilizar, no discurso, novos empregos para palavras e expressões da língua.