Jennifer Viezzer, Emidio Neves De Moraes, Rogério Bobrowski, Daniela Biondi
{"title":"Praças e rendimento médio mensal per capita em Curitiba, PR, Brasil: desigualdades na distribuição e no acesso aos benefícios gerados pela natureza","authors":"Jennifer Viezzer, Emidio Neves De Moraes, Rogério Bobrowski, Daniela Biondi","doi":"10.5380/dma.v62i0.83033","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A floresta urbana gera diversos serviços ecossistêmicos para as pessoas. Dentre os componentes da floresta urbana, as praças se diferenciam por geralmente possuírem menor área, mas maior quantidade e melhor distribuição pelas cidades, agindo como pequenas florestas geradoras de benefícios. Esses benefícios, entretanto, podem não ser compartilhados por toda a população, tanto devido à variabilidade na cobertura vegetal das praças, quanto pela desigualdade de distribuição das praças em relação às áreas com melhores ou piores condições socioeconômicas. Por isso, buscou-se investigar a relação entre as praças e o rendimento médio mensal nos 40 bairros agrupados de Curitiba visando a subsidiar o planejamento urbano para manter a distribuição igualitária de benefícios à população ou diminuir desigualdades, caso existam. Assim, dados quantitativos e qualitativos das praças foram comparados ao rendimento médio mensal por meio de análises estatísticas descritivas e de correlação, e da visualização espacial dos dados. Os resultados indicam que bairros com menores rendimentos possuem menos praças em relação à área do bairro e menos espécies arbóreas no total e por praça. Bairros com maiores rendimentos têm melhores indicadores de quantidade e de qualidade, em geral, exceto quanto à área média das praças e à permeabilidade. Conclui-se que os benefícios não estão igualmente distribuídos para toda a população de Curitiba, com prejuízo no acesso aos benefícios gerados pelas praças e seus serviços ecossistêmicos pela população com pior condição socioeconômica.","PeriodicalId":55619,"journal":{"name":"Desenvolvimento e Meio Ambiente","volume":"36 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.4000,"publicationDate":"2023-10-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Desenvolvimento e Meio Ambiente","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5380/dma.v62i0.83033","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"ENVIRONMENTAL STUDIES","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
A floresta urbana gera diversos serviços ecossistêmicos para as pessoas. Dentre os componentes da floresta urbana, as praças se diferenciam por geralmente possuírem menor área, mas maior quantidade e melhor distribuição pelas cidades, agindo como pequenas florestas geradoras de benefícios. Esses benefícios, entretanto, podem não ser compartilhados por toda a população, tanto devido à variabilidade na cobertura vegetal das praças, quanto pela desigualdade de distribuição das praças em relação às áreas com melhores ou piores condições socioeconômicas. Por isso, buscou-se investigar a relação entre as praças e o rendimento médio mensal nos 40 bairros agrupados de Curitiba visando a subsidiar o planejamento urbano para manter a distribuição igualitária de benefícios à população ou diminuir desigualdades, caso existam. Assim, dados quantitativos e qualitativos das praças foram comparados ao rendimento médio mensal por meio de análises estatísticas descritivas e de correlação, e da visualização espacial dos dados. Os resultados indicam que bairros com menores rendimentos possuem menos praças em relação à área do bairro e menos espécies arbóreas no total e por praça. Bairros com maiores rendimentos têm melhores indicadores de quantidade e de qualidade, em geral, exceto quanto à área média das praças e à permeabilidade. Conclui-se que os benefícios não estão igualmente distribuídos para toda a população de Curitiba, com prejuízo no acesso aos benefícios gerados pelas praças e seus serviços ecossistêmicos pela população com pior condição socioeconômica.