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Abstract
As mulheres vêm conquistando mais espaço no mercado e na academia, porém as relações desenvolvidas nessas esferas continuam sendo marcadas por sexismo e estereótipos. Diante desse cenário, esta pesquisa objetivou, no plano geral, compreender a divisão sexual do trabalho e, mais especificamente, desvelar as dificuldades, o sexismo, os estereótipos e os marcadores de gênero nas escolhas realizadas por mulheres que concluíram mestrado pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), no período de 2005 a 2016, bem como as estratégias de resistência desenvolvidas pelas egressas. Utilizou-se, então, uma metodologia de abordagem qualitativa, mediante pesquisa bibliográfica, levantamento de currículos Lattes e entrevista semiestruturada, cujas respostas foram analisadas em exegese fundamentada na revisão da literatura. Os achados sugerem que as trajetórias das mulheres foram marcadas por dificuldades e estratégias de resistências, de forma que alcançaram elevada ascensão nas suas carreiras devido à dedicação com vistas a obter maior qualificação profissional, vencendo preconceitos e dificuldades para estudar, em função de tripla jornada de trabalho, tarefas domésticas, cuidados com os filhos e a família e realização dos estudos. Conclui-se que a pesquisa corrobora estudos anteriores sobre a permanente clivagem entre os sexos nas áreas de conhecimento e de trabalho consideradas Humanas e sociais e outras de caráter científico e tecnológico, à luz dos princípios norteadores da divisão sexual do trabalho, segundo os quais existem trabalhos destinados às mulheres e trabalhos destinados aos homens e que o trabalho do homem tem um valor social e econômico maior do que o da mulher.