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Abstract
No planalto guianês, há traços de uma provável exogamia linguística que pode ser detectada entre os aparais e os wayanas. Cada um desses grupos fala suas línguas assim como outras línguas dos demais grupos indígenas vizinhos, além da língua nacional do país onde vivem. Tal dinâmica linguística deve-se em parte às redes de sociabilidade interétnicas que, por razões diversas, levaram grupos a coabitarem, formando um grupo maior dentro do qual a distinção entre eles parece ter sido geográfica e linguística. Diferentes testemunhos dão a entender que, no passado, essas redes de sociabilidade étnica eram amalgamadas também por uma exogamia linguística, persistindo ainda hoje, porém de maneira flexível, e também abrindo essas relações além da esfera étnica caribe.O presente estudo propõe revisitar algumas dessas relações de sociabilidade étnica, tendo a língua paterna como identidade étnica entre os aparais e wayanas. Algumas situações de resiliência linguística são abordadas.