{"title":"Análise fonológica comparativa da Língua Terena de Sinais e da Língua Brasileira de Sinais","authors":"W. G. Abreu","doi":"10.25189/2675-4916.2023.v4.n2.id684","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"As primeiras pesquisas com Línguas de Sinais Indígenas (LSI) surgiram a partir dos estudos sobre a LSI Urubu-Ka’apor. Desde então, pesquisas sobre diferentes línguas têm sido realizadas e mostrado a realidade dos indígenas surdos que vivem nessas comunidades. Dessa feita, o presente estudo objetiva investigar as semelhanças e diferenças fonológicas dos sinais de duas Línguas: Língua Terena de Sinais (LTS) e Língua Brasileira de Sinais (Libras). As línguas de sinais são constituídas por unidades mínimas denominadas de parâmetros fonológicos, na Libras, há cinco parâmetros: configuração de mão, movimento, locação, orientação e expressão não manual (QUADROS E KARNOPP, 2004). Por sua vez, os estudos preliminares da LTS demonstram que os parâmetros da Libras também estão presentes na LTS (SOARES, 2018). Para constituição do corpus, selecionamos os sinais para comparação a partir do trabalho de Soares (2018) sobre a LTS e contrastamos com os sinais da Libras a partir de um dicionário on-line. Como resultados, apontamos que o parâmetro fonológico que teve maior divergência nos sinais foi a configuração de mão, sendo esse, um o principal responsável em revelar a iconicidade do sinal e assim, a LTS e a Libras revelam formas diferentes de significar culturalmente determinados conceitos. Portanto, concluímos que a LTS e a Libras são línguas que apresentam poucas diferenças fonológicas, estando presentes os mesmos parâmetros em ambas as línguas e que, as disparidades presentes nessas línguas podem se dá em decorrência do fator tempo de existência, que faz com que a LTS apresente sinais mais expansivos em comparação a Libras, que é característica de línguas de sinais jovens.","PeriodicalId":137098,"journal":{"name":"Cadernos de Linguística","volume":"19 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos de Linguística","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.25189/2675-4916.2023.v4.n2.id684","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
As primeiras pesquisas com Línguas de Sinais Indígenas (LSI) surgiram a partir dos estudos sobre a LSI Urubu-Ka’apor. Desde então, pesquisas sobre diferentes línguas têm sido realizadas e mostrado a realidade dos indígenas surdos que vivem nessas comunidades. Dessa feita, o presente estudo objetiva investigar as semelhanças e diferenças fonológicas dos sinais de duas Línguas: Língua Terena de Sinais (LTS) e Língua Brasileira de Sinais (Libras). As línguas de sinais são constituídas por unidades mínimas denominadas de parâmetros fonológicos, na Libras, há cinco parâmetros: configuração de mão, movimento, locação, orientação e expressão não manual (QUADROS E KARNOPP, 2004). Por sua vez, os estudos preliminares da LTS demonstram que os parâmetros da Libras também estão presentes na LTS (SOARES, 2018). Para constituição do corpus, selecionamos os sinais para comparação a partir do trabalho de Soares (2018) sobre a LTS e contrastamos com os sinais da Libras a partir de um dicionário on-line. Como resultados, apontamos que o parâmetro fonológico que teve maior divergência nos sinais foi a configuração de mão, sendo esse, um o principal responsável em revelar a iconicidade do sinal e assim, a LTS e a Libras revelam formas diferentes de significar culturalmente determinados conceitos. Portanto, concluímos que a LTS e a Libras são línguas que apresentam poucas diferenças fonológicas, estando presentes os mesmos parâmetros em ambas as línguas e que, as disparidades presentes nessas línguas podem se dá em decorrência do fator tempo de existência, que faz com que a LTS apresente sinais mais expansivos em comparação a Libras, que é característica de línguas de sinais jovens.