{"title":"Reserva Extrativista Rio Preto-Jacundá (RO): uma Revisão Bibliográfica e Análise Crítica","authors":"G. Silveira, Elisa Hardt","doi":"10.5380/dma.v62i0.86400","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A Amazônia, além de maior reserva de diversidade biológica do mundo, é também o maior bioma brasileiro em extensão, gerando um uso e cobertura da terra complexo que combina a produção de matéria-prima, com áreas de proteção integral da floresta e territórios consolidados de grupos tradicionais. As Reservas Extrativistas (RESEX) são Unidades de Conservação (UC) em áreas utilizadas por populações extrativistas tradicionais, cuja sustento baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte. Este trabalho se propôs a caracterizar socio-ambientalmente a RESEX Rio Preto-Jacundá, localizada no Estado de Rondônia, a partir de uma revisão bibliográfica sistemática e do levantamento de bases de dados geoespaciais; e, a partir das informações encontradas, realizar uma análise crítica quanto à capacidade desta UC de conservar seus atributos ambientais e gerar condições de vida dignas para sua população tradicional. Os principais resultados encontrados demonstram que a maioria dos estudos publicados analisam o meio antrópico enquanto há poucos trabalhos publicados sobre o meio biológico e, principalmente, físico o que dificultou a avaliação dos serviços ecossistêmicos que podem ser obtidos na área. Além disto, os dados geoespaciais públicos estão dispersos em diferentes fontes, não estão atualizados e não possuem escala micro de detalhe, dificultando o monitoramento da floresta. Desta forma, apesar do apoio institucional dos Governos Brasileiros e dos investimentos privados, a carência de trabalhos que mensurem as fragilidades e potencialidades ambientais naturais desta UC pode estar contribuindo para a realidade encontrada: uma população tradicional com dificuldades socioeconômicas e de conservar a biodiversidade local.","PeriodicalId":55619,"journal":{"name":"Desenvolvimento e Meio Ambiente","volume":"151 ","pages":""},"PeriodicalIF":0.4000,"publicationDate":"2023-12-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Desenvolvimento e Meio Ambiente","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5380/dma.v62i0.86400","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"ENVIRONMENTAL STUDIES","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A Amazônia, além de maior reserva de diversidade biológica do mundo, é também o maior bioma brasileiro em extensão, gerando um uso e cobertura da terra complexo que combina a produção de matéria-prima, com áreas de proteção integral da floresta e territórios consolidados de grupos tradicionais. As Reservas Extrativistas (RESEX) são Unidades de Conservação (UC) em áreas utilizadas por populações extrativistas tradicionais, cuja sustento baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte. Este trabalho se propôs a caracterizar socio-ambientalmente a RESEX Rio Preto-Jacundá, localizada no Estado de Rondônia, a partir de uma revisão bibliográfica sistemática e do levantamento de bases de dados geoespaciais; e, a partir das informações encontradas, realizar uma análise crítica quanto à capacidade desta UC de conservar seus atributos ambientais e gerar condições de vida dignas para sua população tradicional. Os principais resultados encontrados demonstram que a maioria dos estudos publicados analisam o meio antrópico enquanto há poucos trabalhos publicados sobre o meio biológico e, principalmente, físico o que dificultou a avaliação dos serviços ecossistêmicos que podem ser obtidos na área. Além disto, os dados geoespaciais públicos estão dispersos em diferentes fontes, não estão atualizados e não possuem escala micro de detalhe, dificultando o monitoramento da floresta. Desta forma, apesar do apoio institucional dos Governos Brasileiros e dos investimentos privados, a carência de trabalhos que mensurem as fragilidades e potencialidades ambientais naturais desta UC pode estar contribuindo para a realidade encontrada: uma população tradicional com dificuldades socioeconômicas e de conservar a biodiversidade local.