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Abstract
O presente artigo busca discutir o efetivo impacto da cultura política das elites econômicas brasileiras no estrato social e analisar se estas fomentam ativamente os grandes níveis de desigualdade social presente no Brasil. Notando que uma vez que os poderes de influência das elites econômicas nas ações do Estado são de fato moldadoras do tecido social, a cultura política destas não pode ser considerada levianamente ao tentarmos promover alguma mudança no atual panorama, e as raízes desta elite, vindas da colonização e escravatura, são fundamentais na compreensão das bases de seu pensamento. A dinâmica entre periferia e centro que se estende desde o nível macro (cenário internacional) ao nível micro (municipal) é relacionada na cultura política da elite econômica brasileira desde seu surgimento e mostra hoje seu legado, onde há na população uma baixa auto-estima e hábito de comparação em posição de inferioridade a países desenvolvidos. As engrenagens do capitalismo com a ferramenta do neoliberalismo perpetuam a dinâmica desejada de subserviência e o ideal da meritocracia faz com que a passividade e aceitação sejam praticadas pelos desfavorecidos socialmente, sob uma percepção de que basta o seu esforço e trabalho árduo para que sua realidade se altere, mesmo que os casos onde há efetiva mudança sejam proporcionalmente raros. Baseando-se numa bibliografia de autores e sociólogos brasileiros e partindo da compreensão histórica da formação dessas elites econômicas, será analisada a forma como as elites econômicas enxergam a desigualdade social e como esta visão pode ser moldada de forma a incentivar um real combate desta situação.