Luiz Pedro Santiago Pereira, Marina Mello de Menezes Felix de Souza, Mayara Priscila Reis da Costa
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Abstract
Este artigo discute as implicações de uma política pública brasileira (Lei nº 13.415/2017) que vem atuando em desfavor de um ensino de línguas estrangeiras que considere as práticas e as necessidades linguísticas locais. Para isso, é apresentado o caso educativo do Campus Avançado Oiapoque, vinculado ao Instituto Federal do Amapá, localizado numa fronteira que utiliza o português e o francês como os principais idiomas oficiais. O campo teórico das políticas (públicas, educativas e linguísticas) foi utilizado para responder à seguinte questão: Qual o panorama (crítico) do ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras no Campus Avançado Oiapoque? A pesquisa qualitativa coletou as percepções sobre o ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras (inglês, espanhol e francês) pelos alunos de cursos técnicos (questionários) dessa unidade e de seus professores (entrevistas). Os resultados evidenciaram a associação dos idiomas a três níveis contextuais (internacional, nacional e local) pelos participantes, ressaltando ou não a sua valorização para ser ensinado e/ou aprendido na região. Com base neste caso particular, defende-se que as políticas públicas educativas brasileiras devem ponderar suas decisões político-linguísticas para além do contexto (inter)nacional, de forma a estabelecer dispositivos normativos que assegurem um ensino plurilíngue conjugado com as particularidades linguísticas locais oriundas de contato e/ou contextos de imigração.