Letícia Maria Kaspary, Fernanda Souza Espinosa Borges, Mariana De Lima Amaral, Gustavo Silva da Rocha, Lilian Cristine Hübner
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Abstract
O crescimento da população idosa tem levado à busca da manutenção e do aprimoramento do desempenho cognitivo e da qualidade de vida no envelhecimento. Esta revisão pretende verificar o impacto de treinos cognitivos de base linguística na cognição (linguagem, memórias de trabalho, semântica e episódica e funções executivas) de idosos típicos, com comprometimento cognitivo leve (CCL) e doença de Alzheimer (DA). Por meio de consulta às bases PubMed, Embase, PsycINFO, Scopus e Web of Science, seguindo os procedimentos PRISMA, 408 artigos foram identificados; após a aplicação dos critérios de exclusão, 13 foram selecionados. Os resultados indicam que, em dois estudos com adultos idosos saudáveis, houve melhoras nos construtos treinados nos grupos experimentais; entre os estudos com idosos neuroatípicos, seis verificaram desempenho melhor na testagem pós-intervenção. Nos demais estudos, a melhora em construtos cognitivos foi parcial, ou verificada apenas durante a testagem, não em follow-up. O treino cognitivo com ênfase na linguagem mostrou-se eficiente para a melhora cognitiva, tanto em populações neurotípicas quanto com CCL e DA. Estudos ainda são inconclusivos quanto à duração total, à frequência e à intensidade ideais dos treinos, à modalidade (on-line ou presencial), bem como aos seus benefícios em relação ao perfil dos participantes.