{"title":"Entre História e Literatura do século XIX: sobre a presença das filosofias da história em Guerra e Paz, de Liev Tolstói","authors":"Eduardo Zolet Santos","doi":"10.5380/clio.v13i1.86713","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente trabalho objetiva refletir criticamente sobre as relações entre a obra Guerra e Paz (1867-1869) e as filosofias da história concernentes à realidade do século XIX. Para tanto, busca-se traçar um perfil dos textos mais clássicos que interpretaram a relação de Tolstói com a História, de modo a evidenciar que Guerra e Paz fora apreendida enquanto uma filosofia da história. Desse modo, pensando-se num escopo bibliográfico mais recente, procura-se compreender tanto o romance quanto as passagens explicitamente reflexivas do autor sobre a lógica de se estar frente a uma “pluralidade de eus”, proporcionada pela função autor do romance, do mesmo modo que, ao invés de se tratar de uma filosofia da história, a obra de Tolstói pode ser pensada como uma representante das fissuras do regime moderno de historicidade, como argumenta François Hartog.","PeriodicalId":259367,"journal":{"name":"Revista Cadernos de Clio","volume":"120 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Cadernos de Clio","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5380/clio.v13i1.86713","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O presente trabalho objetiva refletir criticamente sobre as relações entre a obra Guerra e Paz (1867-1869) e as filosofias da história concernentes à realidade do século XIX. Para tanto, busca-se traçar um perfil dos textos mais clássicos que interpretaram a relação de Tolstói com a História, de modo a evidenciar que Guerra e Paz fora apreendida enquanto uma filosofia da história. Desse modo, pensando-se num escopo bibliográfico mais recente, procura-se compreender tanto o romance quanto as passagens explicitamente reflexivas do autor sobre a lógica de se estar frente a uma “pluralidade de eus”, proporcionada pela função autor do romance, do mesmo modo que, ao invés de se tratar de uma filosofia da história, a obra de Tolstói pode ser pensada como uma representante das fissuras do regime moderno de historicidade, como argumenta François Hartog.