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Abstract
Resumo Este ensaio aproxima o nome de Eneida Maria de Souza ao de Jorge Luis Borges com o propósito de evidenciar a presença do escritor argentino na trajetória da autora mineira, em um jogo de duplos que afirma o projeto teórico-crítico de Eneida de Souza. Para tanto, este texto faz uma leitura de um livro, O século de Borges, e dois artigos dessa autora, “Biografar é metaforizar o real” e “Madame Bovary somos nós”. Como forma de construção argumentativa, será usada a imagem do Aleph como prisma imagético através do qual se pode atravessar o vasto campo crítico e ensaístico de Eneida de Souza, não só pelo modo como se apropriava de detalhes vividos, de pequenos acontecimentos e conseguia fazer grandes conexões interpretativas e ficções teóricas. Também se propõe a estabelecer relações entre dois personagens Funes, el memorioso e Santiago, o primeiro extraído de um conto de Jorge Luis Borges e o segundo do filme-documentário de João Moreira Salles, numa problematização sobre o campo da memória, desenvolvido por Eneida Maria de Souza.