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Abstract
Este artigo destaca duas paixões do ser – o ódio e a ignorância – e interroga as possíveis razões que têm provocado a manifestação exacerbada dessas paixões nas massas brasileiras de nossa época. A teoria de Freud sobre a massa e a teoria de Lacan sobre o ódio e a ignorância articuladas esclarecem as causas que levam as massas brasileiras a seguirem cegas de ódio e saber. O texto verifica que as massas seguem hipnotizadas, dominadas pelo discurso de ódio e pelo discurso negacionista enunciados pelo chefe de Estado brasileiro dos últimos quatro anos. A ignorância assume a face do ódio ao saber. Através da Novillíngua, idioma pobre transmitido prioritariamente nas redes sociais como modelo de ação e propaganda política, memes, slogans e fake news, que remetem a supremacia dos discursos fascistas, são disparados, os imperativos de gozo do supereu ordenam: odeie e ignore a ciência, a cultura, a intelectualidade, os pobres, os negros, os índios, as mulheres, os homossexuais. A massa afetada se identifica aos ideais do líder que influencia, engana e manipula o povo. O artigo questiona: até quando as massas brasileiras vão seguir cegas de ódio e saber, hipnotizadas, disseminando o ódio ao saber, atacando a linguagem, atingindo a dialética, promovendo uma narrativa fascista, um discurso pestilento?