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Abstract
O presente artigo investiga as dimensões éticas e estéticas do desejo do analista enquanto operador na clínica psicanalítica, analisando as aproximações entre o conceito de cura em psicanálise, da pré-história da clínica ao contemporâneo, o efeito do coro e da catarse na tragédia grega e do lamento na ópera. Com essas aproximações, constatou-se que os conceitos de desejo do analista, em Lacan, amor e transferência, em Freud, são interlaçados enquanto operadores lógicos fundamentais para a práxis analítica em busca de um bem-dizer possível a cada sujeito. Utilizando-se do exemplo de Antígona, na tragédia, e da mascarada, posição feminina também cara ao analista, concluiu-se que a ética da psicanálise circunda um não-saber e uma dimensão de falta, não visando uma verdade garantida, mas uma aposta criativa, na qual sempre sobra um resto incurável, assim como a estética na tragédia e no lamento feminino da ópera.