Gabriel Paz Souza Mota, Vitória Silva Souza, Fabrício Mendes Júnio Santos, Abner Ramos de Castro, Vinícius Marinho Mantini
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Abstract
A realização de cirurgia abdominal não obstétrica durante a gestação, embora rara, representa uma situação complexa que exige atenção para garantir o bem-estar da mãe e do bebê. No contexto atual, marcado por avanços na área da laparoscopia e pelo aprimoramento dos cirurgiões, observa-se o aumento na realização desses procedimentos por via laparoscópica. A laparoscopia em gestantes possui incidência entre 1 e 2 para cada 1.000 gestações, sendo as principais causas a apendicite aguda e a colecistite aguda. O momento ideal para a cirurgia depende de diversos fatores, como a idade gestacional, a severidade da condição e o tipo de procedimento. A escolha da técnica anestésica também é crucial pelo risco de teratogenicidade, principalmente no 1º trimestre, sendo o propofol uma opção eficaz. Há consenso de que a localização do trocarte primário, preferencialmente inserido pela técnica aberta, depende do nível do fundo uterino, sendo geralmente inserido 5 cm acima da parte superior do útero ou no ponto de Palmer. O pneumoperitônio adequado para garantir a melhor visualização das estruturas intra-abdominais deve ser cauteloso, tendo em vista as repercussões respiratórias e hemodinâmicas. É recomendado que a pressão intra-abdominal seja mantida entre 8 a 12 mmHg, não ultrapassando 15 mmHg. Comparando a laparoscopia com a laparotomia, não foram encontradas diferenças significativas em relação ao peso ao nascer, duração da gestação, RCIU, morte infantil ou malformação fetal. No contexto de gravidez, a laparoscopia apresenta particularidades, como o risco de teratogenicidade, lesão uterina durante a inserção do portal e o potencial sofrimento fetal devido à pressão intrabdominal elevada no pneumoperitônio. Para assegurar o bem-estar da mãe e do bebê, a indicação e realização do procedimento cirúrgico devem ser cautelosos.