Gabriela Rocha Santos, E. Silva, Orivaldo José Saggin-Júnior, Cristiane Gonçalves da Silva
{"title":"Fungos micorrízicos arbusculares nativos ou exóticos em mudas de angico e braúna","authors":"Gabriela Rocha Santos, E. Silva, Orivaldo José Saggin-Júnior, Cristiane Gonçalves da Silva","doi":"10.5902/1980509863996","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento e a micorrização de mudas de angico (Anadenanthera peregrina (Vell.) Brenan) e braúna (Melanoxylon brauna Schott) em casa de vegetação a partir de inoculante com comunidade de fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) selecionados ou coletada em campo, em substrato formulado e comercial. Cada espécie fez parte de um experimento, instalado em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 2x4, sendo dois tratamentos de substratos, quatro de inoculação e quatro repetições de 12 mudas cada, totalizando 384 mudas por experimento. Os substratos utilizados foram: RAD - composto pela mistura de 30% de composto orgânico, 30% de subsolo (argiloso), 30% de solo arenoso e 10% de fosfato de rocha; e SC - substrato comercial composto pela mistura de vermiculita expandida, turfa, carvão, macro e micronutrientes; e quatro tratamentos: T1 - controle; T2 - controle adubado; T3 - mistura de fungos selecionados; e T4 - mistura de fungos nativos. Aos 100 dias após a semeadura para angico e 180 dias para braúna, foram realizadas medições de altura e diâmetro do coleto das mudas e determinados: área foliar (AF), matéria seca da parte aérea (MSPA) e sistema radicular (MSSR), número esporos de FMAs e colonização micorrízica. Para o angico, as mudas produzidas no substrato RAD proporcionaram maiores valores de altura, diâmetro, MSPA, AF, MSSR, além de maior eficiência da inoculação e esporulação no substrato. As mudas de angico inoculadas apresentaram maior altura e AF quando comparadas às não inoculadas, em ambos os substratos. Para braúna, o tipo de substrato influenciou apenas o diâmetro, cujo RAD promoveu maior crescimento. No substrato RAD, a inoculação com FMAs selecionados (T3) proporcionou maiores incrementos em altura e diâmetro. No substrato SC todas as mudas produzidas no tratamento T2 (adubado e não inoculado) morreram, enquanto os tratamentos de inoculação promoveram aumentos na produção de AF, MSPA, e MSSR. Recomenda-se a produção de mudas de angico com substrato RAD inoculadas com comunidade de FMAs nativos coletada em campo. Para braúna, sugerem-se estudos utilizando outras técnicas de produção aliadas à inoculação com FMAs.","PeriodicalId":10246,"journal":{"name":"Ciência Florestal","volume":" 19","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-06-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Ciência Florestal","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5902/1980509863996","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento e a micorrização de mudas de angico (Anadenanthera peregrina (Vell.) Brenan) e braúna (Melanoxylon brauna Schott) em casa de vegetação a partir de inoculante com comunidade de fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) selecionados ou coletada em campo, em substrato formulado e comercial. Cada espécie fez parte de um experimento, instalado em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 2x4, sendo dois tratamentos de substratos, quatro de inoculação e quatro repetições de 12 mudas cada, totalizando 384 mudas por experimento. Os substratos utilizados foram: RAD - composto pela mistura de 30% de composto orgânico, 30% de subsolo (argiloso), 30% de solo arenoso e 10% de fosfato de rocha; e SC - substrato comercial composto pela mistura de vermiculita expandida, turfa, carvão, macro e micronutrientes; e quatro tratamentos: T1 - controle; T2 - controle adubado; T3 - mistura de fungos selecionados; e T4 - mistura de fungos nativos. Aos 100 dias após a semeadura para angico e 180 dias para braúna, foram realizadas medições de altura e diâmetro do coleto das mudas e determinados: área foliar (AF), matéria seca da parte aérea (MSPA) e sistema radicular (MSSR), número esporos de FMAs e colonização micorrízica. Para o angico, as mudas produzidas no substrato RAD proporcionaram maiores valores de altura, diâmetro, MSPA, AF, MSSR, além de maior eficiência da inoculação e esporulação no substrato. As mudas de angico inoculadas apresentaram maior altura e AF quando comparadas às não inoculadas, em ambos os substratos. Para braúna, o tipo de substrato influenciou apenas o diâmetro, cujo RAD promoveu maior crescimento. No substrato RAD, a inoculação com FMAs selecionados (T3) proporcionou maiores incrementos em altura e diâmetro. No substrato SC todas as mudas produzidas no tratamento T2 (adubado e não inoculado) morreram, enquanto os tratamentos de inoculação promoveram aumentos na produção de AF, MSPA, e MSSR. Recomenda-se a produção de mudas de angico com substrato RAD inoculadas com comunidade de FMAs nativos coletada em campo. Para braúna, sugerem-se estudos utilizando outras técnicas de produção aliadas à inoculação com FMAs.