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Abstract
No século XIX, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) se tornou um lugar institucional responsável por cuidar do projeto de escrita da história da nação pautada por uma proposta ligada ao Estado monárquico. A partir de 1889, com a dissolução do regime imperial e a instauração da República, o IHGB redefiniu, reescreveu e fez o uso de novas práticas de narrar a história. Mesmo na República o reduto intelectual ainda conservava traços do regime monárquico e a figura imperial ainda pairava sobre o Instituto. A exemplo disso, foi organizado um volume comemorativo do nascimento de D. Pedro II na Revista do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro (RIHGB) em 1925. Nesse sentido, o artigo visa apresentar os diálogos entre os autores na Revista a partir de certas temáticas e evidenciar as aproximações e afastamentos de ideias acerca da memória/história de D. Pedro II e o Segundo Império. Para isso, buscamos analisar algumas das principais narrativas a fim de mapear os pontos de encontros/concordâncias e os desencontros/discordâncias de ideias pelos autores. Por meio desse estudo buscamos compreender como a memória/história do Império e do Imperador foram construídas em disputa pelos autores nas narrativas da RIHGB em 1925.
Palavras-chave: D. Pedro II. RIHGB. História da Historiografia.