{"title":"IMAGINAÇÃO E POTENCIALIDADES TECNOLÓGICAS: UMA APROXIMAÇÃO ENTRE ANDREW FEENBERG E RICHARD RORTY","authors":"Ruan Pedro Gonçalves Moraes","doi":"10.26694/cadpetfil.v12i23.12990","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo tem como proposta analisar as concepções de Andrew Feenberg e de Richard Rorty em suas críticas antiessencialistas. Feenberg tem seu foco numa crítica às posições substantivistas e deterministas das tecnologias. Para ele, as tecnologias não são pré-determinadas por alguma natureza ou essência própria. Sua crítica coloca o modelo atual de produção e desenvolvimento tecnológico enquanto limitado pelos valores exaltados por grupos dominantes e que excluem a multiplicidade de valores em jogo numa sociedade. Já Rorty parte do pragmatismo para realizar uma crítica às teorias de correspondência da verdade e das tentativas de fundamentar representações precisas da realidade. Ele aponta a imaginação, na concepção romântica, como a capacidade humana responsável pelo progresso social e como círculo dentro do qual a razão pode trabalhar. Essa noção de imaginação é, desse modo, o ponto de partida para novos modos do fazer e do desenvolvimento de potencialidades humanas. Este artigo buscou identificar um caminho aproximação entre esses dois autores. Eles concordam quanto à necessidade de ampliação das possibilidades do fazer humano e de que concepções essencialistas limitam nossas potencialidades. A noção de imaginação, como apontada por Rorty, vai ao encontro da defesa de Feenberg pela ampliação do modelo de racionalidade que encaminha o desenvolvimento tecnológico, permitindo a democratização e ampliação das possibilidades humanas.","PeriodicalId":30349,"journal":{"name":"Cadernos do Pet Filosofia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-11-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos do Pet Filosofia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.26694/cadpetfil.v12i23.12990","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O presente artigo tem como proposta analisar as concepções de Andrew Feenberg e de Richard Rorty em suas críticas antiessencialistas. Feenberg tem seu foco numa crítica às posições substantivistas e deterministas das tecnologias. Para ele, as tecnologias não são pré-determinadas por alguma natureza ou essência própria. Sua crítica coloca o modelo atual de produção e desenvolvimento tecnológico enquanto limitado pelos valores exaltados por grupos dominantes e que excluem a multiplicidade de valores em jogo numa sociedade. Já Rorty parte do pragmatismo para realizar uma crítica às teorias de correspondência da verdade e das tentativas de fundamentar representações precisas da realidade. Ele aponta a imaginação, na concepção romântica, como a capacidade humana responsável pelo progresso social e como círculo dentro do qual a razão pode trabalhar. Essa noção de imaginação é, desse modo, o ponto de partida para novos modos do fazer e do desenvolvimento de potencialidades humanas. Este artigo buscou identificar um caminho aproximação entre esses dois autores. Eles concordam quanto à necessidade de ampliação das possibilidades do fazer humano e de que concepções essencialistas limitam nossas potencialidades. A noção de imaginação, como apontada por Rorty, vai ao encontro da defesa de Feenberg pela ampliação do modelo de racionalidade que encaminha o desenvolvimento tecnológico, permitindo a democratização e ampliação das possibilidades humanas.