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Abstract
Esta pesquisa pretendeu analisar como a experiência laboral do agente funerário afeta suas relações cotidianas e sua percepção sobre a morte. Realizaram-se entrevistas semiestruturadas com cinco agentes funerários no Sul do Brasil. Em uma sociedade onde o tema da morte é um tabu, ao se relacionar com o corpo falecido nos rituais funerários, são despertados no trabalhador questionamentos acerca da própria finitude. Os dados coletados foram submetidos a uma análise de conteúdo e discutidos a partir de uma perspectiva existencialista sartriana quando os conceitos como morte e projeto-de-ser foram explorados. Identificaram-se alguns fatores que podem dificultar o trabalho dos agentes, dentre eles: a falta de preparação para o atendimento da família enlutada, a dificuldade em se deparar com a questão da morte, os impactos de seu trabalho nas relações pessoais e a visão social sobre as características de seu trabalho.