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Abstract
O enfoque sociológico nos atores coletivos estáveis não parece enquadrar-se nas formas inovadoras de ação coletiva flexível e de curto prazo dos nossos dias. O artigo desenvolve um conceito gradual de ação coletiva. Isto torna possível deixar de pressupor os atores coletivos problematizados e estáveis nas análises. Recordando os caminhos clássicos da conceptualização da ação coletiva, são elaborados três aspetos que distinguem a ação coletiva de qualquer interação, comportamento coletivo, ou ação coordenada. Com base nisto, três formas de ação coletiva são discutidas na sua respetiva constituição específica: Intervenções Coletivas, Coletivos Estabilizados, e Intervenientes Coletivos Competentes. As consequências analíticas deste conceito gradual são então ilustradas pelo debate sobre a ação coletiva organizada para além da organização formal na investigação da organização e do movimento. A heurística assim desdobrada oferece pontos de referência abstratos para um programa de investigação que compara os novos coletivos com os coletivos clássicos.