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Abstract
Este artigo objetiva analisar as contribuições do teórico negro Frantz Fanon para os estudos linguísticos de maneira a compreender em quais sentidos a linguagem pode figurar como zona do não-ser para pessoas negras. Para isso, elejo como objeto empírico a situação de professores negros de língua inglesa que são minorizados no ensino de línguas. Como professores negros são minoria entre colegas da área de língua inglesa, o racismo nessa área faz com que esses profissionais seja vistos como incapazes, confundidos com professores de história ou maltratados nos anos de formação docente. Isso também mostra o racismo linguístico que esses professores sofrem em sua atuação. Além de relatar esses dados, oriundos de pesquisa científica, este trabalho liga ferramentas analíticas e teóricas advindas do pensamento fanoniano como zona do não-ser ao racismo linguístico, ao linguicídio e à raciolinguística, posicionando, assim, um pensamento negro ao sul do sul global.