{"title":"Idiomaticidade e predição em textos argumentativos","authors":"J. M. Langa","doi":"10.22297/DL.V7I3.3331","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Os textos argumentativos redigidos em Português por alunos universitários moçambicanos falantes de Português como língua segunda apresentam-se amiúde fragmentados em frases desligadas entre si. Isso pode acontecer, eventualmente, por não dominarem a forma ou fórmulas de expressão das relações lógicas entre as frases ou ideias ou porque não têm segurança na formulação do tipo de relações lógico-discursivas visadas. A qualquer escrito com estas características falta coesão e coerência, ou seja, a naturalidade ou idiomaticidade que é peculiar ao discurso do falante ou escrevente competente da língua. Os idiomatismos e formações idiomáticas que introduzem funções retóricas num texto tendem a assumir um carácter preditivo. Mas, no discurso escrito de falantes de Português como língua segunda, tais funções podem não se manifestar na forma em que o falante nativo ou quase-nativo esperaria encontrá-las. Neste artigo, analisamos a produção escrita, enquadrada em textos do género opinativo e tipologia argumentativa, procurando elicitar o modo como os escreventes põem em prática as regras e os princípios de uso da língua e, em particular, as regras da predição, como contributo à compreensão dos problemas não-gramaticais que se colocam ao uso da língua na escrita. ","PeriodicalId":53852,"journal":{"name":"Dialogo das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2018-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Dialogo das Letras","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22297/DL.V7I3.3331","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"LANGUAGE & LINGUISTICS","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Os textos argumentativos redigidos em Português por alunos universitários moçambicanos falantes de Português como língua segunda apresentam-se amiúde fragmentados em frases desligadas entre si. Isso pode acontecer, eventualmente, por não dominarem a forma ou fórmulas de expressão das relações lógicas entre as frases ou ideias ou porque não têm segurança na formulação do tipo de relações lógico-discursivas visadas. A qualquer escrito com estas características falta coesão e coerência, ou seja, a naturalidade ou idiomaticidade que é peculiar ao discurso do falante ou escrevente competente da língua. Os idiomatismos e formações idiomáticas que introduzem funções retóricas num texto tendem a assumir um carácter preditivo. Mas, no discurso escrito de falantes de Português como língua segunda, tais funções podem não se manifestar na forma em que o falante nativo ou quase-nativo esperaria encontrá-las. Neste artigo, analisamos a produção escrita, enquadrada em textos do género opinativo e tipologia argumentativa, procurando elicitar o modo como os escreventes põem em prática as regras e os princípios de uso da língua e, em particular, as regras da predição, como contributo à compreensão dos problemas não-gramaticais que se colocam ao uso da língua na escrita.