{"title":"Manos e playboys: uma análise da construção da imagem-nós nas músicas de Racionais MC’s","authors":"Vanessa Vilas Bôas Gatti","doi":"10.34019/2318-101X.2018.V13.13917","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A produção musical do rap brasileiro inaugura um novo paradigma no cenário musical: a construção simbólica de uma sociedade brasileira cindida entre “eles” e “nós”, opondo a periferia aos estratos privilegiados, com tom de enfrentamento de classes. A partir do arsenal teórico de Norbert Elias, pretendo apontar as interdependências do surgimento do rap no Brasil, e identificar, na obra do grupo de rap Racionais MC´s, a elaboração de uma imagem coletiva da periferia, decorrente da transformação de um estigma atribuído em uma posição de potência. Nota-se que essa elaboração se dá em contraposição à elaboração da contra-estigmatização de uma elite, refletindo assim sobre o caráter relacional das relações de poder a partir das operações de estigmatização.","PeriodicalId":33386,"journal":{"name":"Teoria e Cultura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-12-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Teoria e Cultura","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34019/2318-101X.2018.V13.13917","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A produção musical do rap brasileiro inaugura um novo paradigma no cenário musical: a construção simbólica de uma sociedade brasileira cindida entre “eles” e “nós”, opondo a periferia aos estratos privilegiados, com tom de enfrentamento de classes. A partir do arsenal teórico de Norbert Elias, pretendo apontar as interdependências do surgimento do rap no Brasil, e identificar, na obra do grupo de rap Racionais MC´s, a elaboração de uma imagem coletiva da periferia, decorrente da transformação de um estigma atribuído em uma posição de potência. Nota-se que essa elaboração se dá em contraposição à elaboração da contra-estigmatização de uma elite, refletindo assim sobre o caráter relacional das relações de poder a partir das operações de estigmatização.